Publicidade
Publicidade
01/12/2006
-
09h07
CHRISTIAN PETERMANN
do Guia da Folha
Especialista em obras de viés fantástico, o cineasta mexicano Guillermo del Toro transita entre Hollywood ("Blade 2"; "Hellboy") e a Espanha. Depois de realizar "A Espinha do Diabo" (01), um thriller dramático ambientado durante a Guerra Civil Espanhola, ele retorna ao mesmo período negro da história hispânica e realiza uma fantasia dark. "O Labirinto do Fauno" (no qual ele também assina o roteiro) versa sobre o processo de amadurecimento da pré-adolescente Ofelia (Ivana Baquero).
Em 1944, ela se muda com a mãe para o Norte do país, onde conhece seu futuro padrasto, capitão Vidal (Sergi López, de "Pintar ou Fazer Amor"), fiel ao general Franco e decidido a dizimar a resistência que se esconde na floresta vizinha. Durante uma caminhada, Ofelia encontra um labirinto. Em seu interior, depara com um fauno, que afirma ser ela a princesa de uma terra mágica. Para retornar ao verdadeiro lar, a menina precisa cumprir três missões.
Visto assim, o filme poderia se assemelhar a fantasias como "A História sem Fim" ou "Labirinto". Mas Del Toro é um autor de cinema, e seu estilo é sombrio e sanguinolento. O primeiro rompante de violência, extremo e súbito, dá-se quando Vidal interroga um camponês suspeito. Daí por diante, o rito de passagem de Ofelia evolui em medo, ódio e tortura. Equilibram-se de forma incômoda e inteligente o onírico e o gráfico. Um filme desses nunca seria feito em Hollywood.
Nessa espécie de "Alice no País dos Horrores", em que o mundo dos adultos é apreendido por Ofelia com sofrimento, Del Toro se revela um cineasta seguro de suas opções estéticas e dono de uma identidade audiovisual instigante. Em reconhecimento ao seu caráter autoral, o longa foi selecionado para a mostra competitiva do último Festival de Cannes.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o cineasta Guillermo del Toro
Del Toro dirige fantasia sombria em "O Labirinto do Fauno"
Publicidade
do Guia da Folha
Especialista em obras de viés fantástico, o cineasta mexicano Guillermo del Toro transita entre Hollywood ("Blade 2"; "Hellboy") e a Espanha. Depois de realizar "A Espinha do Diabo" (01), um thriller dramático ambientado durante a Guerra Civil Espanhola, ele retorna ao mesmo período negro da história hispânica e realiza uma fantasia dark. "O Labirinto do Fauno" (no qual ele também assina o roteiro) versa sobre o processo de amadurecimento da pré-adolescente Ofelia (Ivana Baquero).
Divulgação |
![]() |
Cineasta mexicano Guillermo del Toro transita entre Hollywood e a Espanha no filme |
Visto assim, o filme poderia se assemelhar a fantasias como "A História sem Fim" ou "Labirinto". Mas Del Toro é um autor de cinema, e seu estilo é sombrio e sanguinolento. O primeiro rompante de violência, extremo e súbito, dá-se quando Vidal interroga um camponês suspeito. Daí por diante, o rito de passagem de Ofelia evolui em medo, ódio e tortura. Equilibram-se de forma incômoda e inteligente o onírico e o gráfico. Um filme desses nunca seria feito em Hollywood.
Nessa espécie de "Alice no País dos Horrores", em que o mundo dos adultos é apreendido por Ofelia com sofrimento, Del Toro se revela um cineasta seguro de suas opções estéticas e dono de uma identidade audiovisual instigante. Em reconhecimento ao seu caráter autoral, o longa foi selecionado para a mostra competitiva do último Festival de Cannes.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice