Publicidade
Publicidade
19/12/2006
-
09h48
ADRIANA FERREIRA SILVA
da Folha de S.Paulo
Jay-Z está de volta. E daí, quem é Jay-Z?, pode se perguntar o leitor. "Mister" Shawn Corey Carter, rapper norte-americano popularmente conhecido como Jay-Z, é "o homem": presidente e CEO (chefe executivo) do selo Def Jam, divisão da major Universal, namorado da cantora-atriz Beyoncé (ou melhor, ela é sua namorada) e considerado o principal rimador de sua geração.
A crítica Kelefa Sanneh, do jornal "The New York Times", por exemplo, o descreve como "o rapper mais digno de confiança do mundo, criador de hits amados por seus fãs e respeitado por seus pares".
E, apesar de nunca ter saído realmente de cena, Jay-Z, 37, está de volta porque acaba de lançar seu nono disco, "Kingdom Come", que chegou às lojas em meados de novembro --no Brasil, sai em janeiro-- e vendeu 680 mil cópias na primeira semana, acumulando 2 milhões em menos de um mês. Num ano incomum para o hip hop, em que todas as estrelas do rap lançaram CDs (confira texto ao lado), nenhum foi tão aguardado nem causou tanto falatório quanto o dele.
Isso porque, há três anos, sete de carreira, Jay-Z se "aposentou". O anúncio de sua retirada foi feito logo após lançar "Black Album", CD que caiu na boca do povo porque era muito bom, e era de Jay-Z, e também porque o produtor Danger Mouse, da dupla Gnarls Barkley, fez uma mixagem não-autorizada, na qual colocou a voz do MC a capela sobre as bases do "álbum branco" dos Beatles, criando o "Grey Album".
Em novembro de 2003, Jay-Z despediu-se oficialmente com um show em Nova York, que teve a participação de Beyoncé, Missy Elliot e do grupo The Roots. Depois disso, trocou o boné "NYT" por estilosas roupas de executivo, assumiu a presidência da Universal e ficou "monitorando" o hip hop por lançamentos (Kanye West é um dos que foram revelados por ele), fazendo participações em discos e em diversos shows.
Mas o que o público não sacou é que, nas entrelinhas do "Black Album", como destaca reportagem do "New York Times", ele já anunciava sua volta. Era na música "Encore", na qual Jay-Z rimava: "Quando eu voltar como Jordan, usando o 4-5/ Vou jogar com você/ e vou acertar em você, provavelmente machucar você".
A frase faz referência ao momento em que Michael Jordan voltou a jogar basquete. O mistério foi revelado, quando, neste segundo semestre, Jay-Z lançou o primeiro single de "Kingdom Come", "Show me What You Got", em que afirma: "Sou Mike Jordan dos discos".
Em entrevista de divulgação da gravadora --há dois meses, a Folha tenta falar com ele, sem sucesso--, o MC explica que "por dois anos, acreditou nisso [na aposentadoria]". "E a paixão me fez mudar os planos."
Parcerias
Imediatamente após o single cair nas rádios e na rede, o mundo da música pop se agitou para apurar como voltaria "o rei", e, como sempre, ele aparece muito bem acompanhado. "Kingdom Come" tem faixas criadas por alguns dos melhores produtores da indústria do rap, como a dupla The Neptunes, Dr. Dre e Kanye West, além de uma improvável parceria com Chris Martin, vocalista do Coldplay, responsável por "Beach Chair"- apontada como a melhor música do CD.
Além disso, Jay-Z escalou para dividir os vocais a namorada Beyoncé, o rapper Pharrell Williams, da dupla Neptunes, e John Legend, cantor e pianista que vem sendo conclamado o novo bamba da soul music.
O resultado, no entanto, causou controvérsias.
Para o "New York Times", "esse é o álbum que soa mais desconfortável de sua carreira". O site "Pitchfork", conhecido por suas críticas implacáveis, diz que "Jay-Z é maior do que isso". Gostem ou não, ele está de volta --e, com essas vendas, pouco deve estar se importando com as críticas.
Leia mais
Jay-Z lidera Billboard, que traz Beatles, Tupac e Snoop Dogg
Rapper Jay-Z toca em sete cidades dos EUA em 24 horas
China censura show do cantor de hip-hop Jay-Z
Greve em NY faz Jay-Z ceder limusine para carona
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Jay-Z
Após anunciar aposentadoria, Jay-Z volta com disco superpop
Publicidade
da Folha de S.Paulo
Jay-Z está de volta. E daí, quem é Jay-Z?, pode se perguntar o leitor. "Mister" Shawn Corey Carter, rapper norte-americano popularmente conhecido como Jay-Z, é "o homem": presidente e CEO (chefe executivo) do selo Def Jam, divisão da major Universal, namorado da cantora-atriz Beyoncé (ou melhor, ela é sua namorada) e considerado o principal rimador de sua geração.
A crítica Kelefa Sanneh, do jornal "The New York Times", por exemplo, o descreve como "o rapper mais digno de confiança do mundo, criador de hits amados por seus fãs e respeitado por seus pares".
Mary Altaffer/AP |
Rapper norte-americano Jay-Z retorna com disco superpop |
Isso porque, há três anos, sete de carreira, Jay-Z se "aposentou". O anúncio de sua retirada foi feito logo após lançar "Black Album", CD que caiu na boca do povo porque era muito bom, e era de Jay-Z, e também porque o produtor Danger Mouse, da dupla Gnarls Barkley, fez uma mixagem não-autorizada, na qual colocou a voz do MC a capela sobre as bases do "álbum branco" dos Beatles, criando o "Grey Album".
Em novembro de 2003, Jay-Z despediu-se oficialmente com um show em Nova York, que teve a participação de Beyoncé, Missy Elliot e do grupo The Roots. Depois disso, trocou o boné "NYT" por estilosas roupas de executivo, assumiu a presidência da Universal e ficou "monitorando" o hip hop por lançamentos (Kanye West é um dos que foram revelados por ele), fazendo participações em discos e em diversos shows.
Mas o que o público não sacou é que, nas entrelinhas do "Black Album", como destaca reportagem do "New York Times", ele já anunciava sua volta. Era na música "Encore", na qual Jay-Z rimava: "Quando eu voltar como Jordan, usando o 4-5/ Vou jogar com você/ e vou acertar em você, provavelmente machucar você".
A frase faz referência ao momento em que Michael Jordan voltou a jogar basquete. O mistério foi revelado, quando, neste segundo semestre, Jay-Z lançou o primeiro single de "Kingdom Come", "Show me What You Got", em que afirma: "Sou Mike Jordan dos discos".
Em entrevista de divulgação da gravadora --há dois meses, a Folha tenta falar com ele, sem sucesso--, o MC explica que "por dois anos, acreditou nisso [na aposentadoria]". "E a paixão me fez mudar os planos."
Parcerias
Imediatamente após o single cair nas rádios e na rede, o mundo da música pop se agitou para apurar como voltaria "o rei", e, como sempre, ele aparece muito bem acompanhado. "Kingdom Come" tem faixas criadas por alguns dos melhores produtores da indústria do rap, como a dupla The Neptunes, Dr. Dre e Kanye West, além de uma improvável parceria com Chris Martin, vocalista do Coldplay, responsável por "Beach Chair"- apontada como a melhor música do CD.
Além disso, Jay-Z escalou para dividir os vocais a namorada Beyoncé, o rapper Pharrell Williams, da dupla Neptunes, e John Legend, cantor e pianista que vem sendo conclamado o novo bamba da soul music.
O resultado, no entanto, causou controvérsias.
Para o "New York Times", "esse é o álbum que soa mais desconfortável de sua carreira". O site "Pitchfork", conhecido por suas críticas implacáveis, diz que "Jay-Z é maior do que isso". Gostem ou não, ele está de volta --e, com essas vendas, pouco deve estar se importando com as críticas.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice