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30/12/2006 - 17h34

Minissérie "Amazônia" conta história do Acre em três fases

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MARIANA GARCIA
do Agora

Na próxima terça-feira, dia 2, logo após a novela "Páginas da Vida", a Globo começa a desvendar um século de conflitos e lendas da floresta ao colocar no ar a minissérie "Amazônia - de Galvez a Chico Mendes", escrita pela acreana Glória Perez.

Com isso, a emissora repete o que já se tornou uma tradição: a cada ano que começa, uma nova minissérie histórica entra no ar. Foi assim em 2003, quando "A Casa das Sete Mulheres" recriou a luta dos sulistas contra o Império, e no início deste ano, com a trajetória de "JK" e seu sonho de construir Brasília.

Divulgação
Minissérie "Amazônia" estréia nesta terça
Minissérie "Amazônia" estréia nesta terça
Conduzida pela coragem dos heróis Galvez (José Wilker), Plácido de Castro (Alexandre Borges) e Chico Mendes (Cássio Gabus Mendes), "Amazônia" será dividida em três fases --fins do século 19, décadas de 40 e 80 do século 20. Relembrará o ápice econômico da região, que viveu seus tempos áureos com a extração do látex da borracha, a conseqüente guerra pela independência com relação à Bolívia e a criação do polêmico movimento ambiental dos seringueiros, que culminou em assassinatos de líderes populares.

"Vocês estudaram a história do Acre no colégio? Ninguém estudou. O que vocês vão ver é uma história de riquezas humanas, de tragédias, coisas que parecem saídas da ficção. Quando vocês virem uma companhia de mulheres lindíssimas, dançando flamenco no meio de um rio enorme, por exemplo, vão pensar que foi um enfeite criado por mim. Não. O espanhol Galvez conquistou o Acre com uma companhia de zarzuela [ópera espanhola]. E vão entender como é que se chegou até a figura do Chico Mendes, por exemplo". É com essas palavras que Glória Perez defende sua mais recente obra.

Divulgação
Lola (Vera Fischer) e Galvez (José Wilker)
Lola (Vera Fischer) e Galvez (José Wilker)
Longe das minisséries desde "Hilda Furacão" (1998), a novelista afirma que sempre sonhou em escrever sobre a sua terra natal. "Meu pai nasceu no Acre. Minha mãe também, além de mim. Vivi lá meus primeiros 16 anos. Meu avô fez parte da revolução, era muito amigo de Plácido de Castro [militar responsável pela vitória dos seringueiros brasileiros contra o exército boliviano na disputa pelo Acre]. É muito emocionante você contar a saga de sua família. Mas 'Amazônia' não é um livro de memórias, estou contando a história de um território, não a minha. Há muitas personagens de importância local, que existiram mesmo", conta.

A saga de duas famílias antagônicas, criadas pela autora da novela "América", servirá de fio condutor para a trama. De um lado, está o clã do rico seringalista coronel Firmino Rocha (José de Abreu), dono do próspero seringal Santa Rita e de uma das maiores fortunas de Manaus no início do século 20. Do outro, está o nordestino Bastião (Jackson Antunes), que foge da seca com a família, iludido com a possibilidade de fazer fortuna na floresta. "Vamos mostrar duas gerações dessas famílias. O público vai acompanhar os fatos da região por meio do desenvolvimento dessas pessoas ao longo do tempo", afirma Glória.

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A atriz Christiane Torloni vive Maria Alonso
A atriz Christiane Torloni vive Maria Alonso
Figuras típicas da região também não foram esquecidas e darão toque popular ao épico. É o caso das parteiras --personificadas em Maria Ninfa (Regina Casé)-- e de padres aventureiros que faziam casamentos à distância --como o lendário padre José, que será vivido pelo Antonio Calloni.

Investimento

E, como as produções anteriores, "Amazônia" também tem ares de superprodução. Uma equipe de 150 profissionais, entre engenheiros, técnicos, cenógrafos, figurinistas, produtores e artistas, viajou em agosto para Manaus (AM) e Porto Acre (AC), para uma temporada de 72 dias. O resultado desse preciosismo tem um preço: R$ 500 mil por capítulo (contra uma média de R$ 400, gastos nas minisséries anteriores da casa). E, embora as gravações agora estejam concentradas na cidade cenográfica construída em Jacarepaguá (Rio), as expedições não terminaram.

"Vamos fazer outras viagens para lá, porém serão menores e mais pontuais. Acho que vale a pena, pois, assim como aconteceu com 'A Casa das Sete Mulheres', vai provocar um certo encantamento e mostrar um pouco do Brasil que ninguém conhece", diz Marcos Schechtman, diretor-geral.

Colaborou Juliana Ventura

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