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05/01/2007 - 09h45

Ambigüidade é a marca de "Dias Selvagens"

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SÉRGIO RIZZO
do Guia da Folha

Se Hong Kong se tornou um símbolo do cruzamento entre as culturas do Ocidente e do Oriente, Wong Kar-wai talvez seja quem melhor carregue hoje o bastão desse sincretismo no cinema. "Dias Selvagens" (90), seu segundo longa-metragem, ajuda a rastrear melhor a gênese do espírito pós-moderno que se expressaria mais tarde em filmes de culto, como "Amores Expressos" (94), "Amor à Flor da Pele" (00) e "2046" (04).

Já estava ali, por exemplo, a sinuosa orientação narrativa que nasce de um determinado gênero e, com o tempo, procura corromper alguns de seus princípios. O longa acrescenta elementos românticos à estrutura de um "Ah Fei" (termo em cantonês para filmes sobre inconformismo jovem), com resultado híbrido, às vezes, bem-humorado e até zombeteiro, mas, em outras ocasiões, sombrio e desesperançoso.

As marcas autobiográficas vêm da própria ambientação, que procura recriar a Hong Kong da infância e juventude de Kar-wai, nos anos 60. Ao saber que é filho adotivo, um jovem (Leslie Cheung) entra em crise e, enquanto desce a ladeira emocional, cruza com duas moças (Maggie Cheung e Carina Lau). O filme foi planejado para ter uma segunda parte, mas termina aqui mesmo, aberto e ambíguo.

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