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15/01/2007
-
17h04
MARIA CARMONA
da France Presse, em Paris
Nascido com a Guerra Fria e considerado um sobrevivente dela, o personagem James Bond aparece hoje como um dos grandes personagens da cultura de massa do nosso tempo, um mito de múltiplas conotações, digno de reunir meia centena de intelectuais em Paris para estudá-lo.
"História Cultural e Apostas Estéticas de uma Saga Popular" é o título do sério colóquio organizado pela Biblioteca Nacional da França, as universidades de Versalhes e Nanterre e o Conservatório Europeu de Estudos Audiovisuais, que reunirá entre 16 e 18 de janeiro sociólogos, semiólogos, antropólogos e historiadores de Europa, Estados Unidos e Canadá, dispostos a analisar cientificamente o fenômeno 007.
James Bond, personagem de romances de espionagem criado por Ian Fleming em 1953, virou um fenômeno social graças ao cinema. Os 22 filmes da série são, há mais de quatro décadas, "a mais longa série de toda a história da Sétima Arte", destacam os organizadores do encontro.
De "007 contra o Satânico Dr. No", de 1962, a "Cassino Royale", de 2006, os filmes são, antes dos romances, "excelentes testemunhos da história cultural das nossas sociedades e de suas evoluções" e "possuem uma singularidade que merece ser reavaliada", afirmam.
Durante anos, o personagem James Bond não só esteve presente em livros e filmes, mas também em anúncios publicitários e revistas de gastronomia e política. "E, no entanto, não é tanto a multiplicidade das dimensões desta presença que é notável, mas sua persistência. A princípio porta-estandarte anglo-saxão da Guerra Fria, James Bond soube resistir às evoluções políticas e audiovisuais que marcaram o último meio século", destaca o historiador Vicent Chenille, um dos participantes do evento. Ele apresentará uma palestra sobre a dimensão mítica do personagem.
Em suma, o assombroso não é que o espião da Guerra Fria tenha saído ileso dos confrontos com o dr. No ou com Goldfinger, mas que tenha sobrevivido à queda do Muro de Berlim, aos atentados de 11 de Setembro e à era da internet.
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James Bond vira objeto de estudo de intelectuais em Paris
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da France Presse, em Paris
Nascido com a Guerra Fria e considerado um sobrevivente dela, o personagem James Bond aparece hoje como um dos grandes personagens da cultura de massa do nosso tempo, um mito de múltiplas conotações, digno de reunir meia centena de intelectuais em Paris para estudá-lo.
"História Cultural e Apostas Estéticas de uma Saga Popular" é o título do sério colóquio organizado pela Biblioteca Nacional da França, as universidades de Versalhes e Nanterre e o Conservatório Europeu de Estudos Audiovisuais, que reunirá entre 16 e 18 de janeiro sociólogos, semiólogos, antropólogos e historiadores de Europa, Estados Unidos e Canadá, dispostos a analisar cientificamente o fenômeno 007.
Divulgação |
"Cassino Royale" é o mais recente filme de 007; confira galeria de imagens do longa-metragem |
De "007 contra o Satânico Dr. No", de 1962, a "Cassino Royale", de 2006, os filmes são, antes dos romances, "excelentes testemunhos da história cultural das nossas sociedades e de suas evoluções" e "possuem uma singularidade que merece ser reavaliada", afirmam.
Durante anos, o personagem James Bond não só esteve presente em livros e filmes, mas também em anúncios publicitários e revistas de gastronomia e política. "E, no entanto, não é tanto a multiplicidade das dimensões desta presença que é notável, mas sua persistência. A princípio porta-estandarte anglo-saxão da Guerra Fria, James Bond soube resistir às evoluções políticas e audiovisuais que marcaram o último meio século", destaca o historiador Vicent Chenille, um dos participantes do evento. Ele apresentará uma palestra sobre a dimensão mítica do personagem.
Em suma, o assombroso não é que o espião da Guerra Fria tenha saído ileso dos confrontos com o dr. No ou com Goldfinger, mas que tenha sobrevivido à queda do Muro de Berlim, aos atentados de 11 de Setembro e à era da internet.
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