19/01/2007 - 18h48

Estatuetas do Oscar começam a ganhar forma em fábrica de Chicago

MIRA OBERMAN
da France Presse, em Chicago

A magia do Oscar começa a acontecer em uma fábrica de Chicago, onde as estatuetas que os astros e estrelas de Hollywood receberão em 25 de fevereiro, estão sendo forjadas em borbulhantes caldeirões.

O metal esfria rápido, mas sua fabricação pelas mãos de Anacleto Medina, o responsável pela produção das estatuetas nos últimos 24 anos, é seguida de um trabalho que leva de seis a oito semanas.

Divulgação

Troféus são fabricados em Chicago

Os troféus passarão a maior parte do tempo trancados em uma caixa-forte, enquanto esfriam e secam. Serão necessárias 40 horas de trabalho preciso e delicado até estarem prontas para as brilhantes luzes de Hollywood.

Com 3,9 quilos cada, as estatuetas serão enceradas, polidas, mergulhadas em cubos de cobre fundido, níquel, prata e ouro 24 quilates. Em seguida, as peças serão laqueadas até ficarem reluzentes. Por fim, serão presas no suporte.

Quase nunca alguém da fábrica põe as mãos no prêmio durante o processo. Se algum defeito é encontrado, a estatueta é derretida.

Indústria

Há mais de 60 anos, a empresa R.S. Owens faz prêmios e troféus em um trabalho manual. Atualmente, produz os Emmys, os MTV Video Music Awards e a Nascar Nextel Cup, em um negócio em expansão que recebe encomendas de firmas do mundo inteiro.

De 55 a 60 estatuetas do Oscar são fabricadas ao ano. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood as acompanha de perto, especialmente depois de terem sido roubadas em um cais no ano 2000.

Aquele foi um ano complicado para a R.S. Owens, que teve apenas dez dias para substituir a série. Trabalhando 24 horas por dia, conseguiu fabricar 30 --o restante foi enviado pela loja privada da Academia.

À R.S. Owens é permitido manter cinco Oscar para expor em catálogos e feiras. Cada estatueta possui um número de série e o selo de direitos autorais da Academia.

Pós-Oscar

As estrelas podem ficar com o Oscar até pelo menos um mês antes de enviá-lo novamente para que a Academia faça as gravações. Este trabalho é realizado por Louise White, 52. Após a cerimônia de entrega, ela recebe a lista de ganhadores e passa entre um e dois dias fabricando e gravando as placas de ouro.

A gravação de que mais lembra foi a de um prêmio concedido em 2003. "A maior honra foi o prêmio honorário a Peter O'Toole, porque tive de gravá-lo antes da cerimônia e pude ver O'Toole recebendo a estatueta", disse White.

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