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12/02/2007 - 17h38

Grécia recusa empréstimo de estátua grega ao museu do Louvre

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da Ansa, em Paris

A exposição "Praxíteles", em exibição no Louvre a partir do dia 23 de março, será realizada sem a célebre estátua "Efebo de Maratona" --a qual a Grécia se recusa a emprestar ao museu parisiense.

A decisão grega parece definitiva e foi confirmada em uma carta recente do ministro da Cultura Georgos Vulgarakis ao ministro francês Renaud Donnedieu de Vabres. "O Efebo nunca deixou o país e não será esta a primeira vez: a estátua pertence a uma lista de obras que não podem deixar a Grécia, segundo estabelecido pelo Museu Nacional de Arqueologia de Atenas", declarou Vulgarakis.

Reprodução
"Hermes", de Praxíteles, escultor grego que dá nome à exposição
"Hermes", de Praxíteles, escultor grego que dá nome à exposição
O Louvre divulgou que a estátua de bronze "Efebo de Maratona" seria uma das principais obras da mostra sobre o escultor grego nascido no século 4 a.C.. O museu e o Ministério de Cultura francês afirmam que nunca tomaram conhecimento da existência de tal lista.

Segundo o Louvre, os nomes das obras solicitadas para empréstimo foram enviados às autoridades gregas em abril de 2005 e então teria sido firmado um "acordo falado". Atenas rebate afirmando que avisou desde o princípio que a estátua em questão não poderia deixar o país.

A notícia da recusa do empréstimo do Efebo é uma "ducha de água fria" nos planos do Louvre, que tinha escolhido a foto da estátua, que já constava no catálogo, para a divulgação da mostra. No mesmo dia, o museu expressou sua "surpresa" ao anúncio "mais do que tardio" da negativa.

A notícia é ainda mais difícil de digerir porque o museu parisiense tinha obedecido a um pedido do Ministério de Cultura grego e renunciado a uma estátua do museu americano de Cleveland, um "Apolo Sauroctone", que, segundo Atenas, teria sido objeto de tráfego ilegal.

Alan Pasquier, superintendente do Louvre e co-curador da mostra "Praxíteles", responde com filosofia à negativa do governo grego. "O Efebo não virá, tanto pior para eles. A mostra reunirá obras extraordinárias, muitas das quais saindo pela primeira vez de seu museu de origem", rebate Pasquier.

Para ele, que lamenta a "falta de clareza do caso", os gregos mentem a respeito da lista. De Atenas partiram a Paris uma dezena de obras, entre as quais faltará, além do Efebo, uma estátua de bronze de Apolo.

A decisão foi tomada pelos especialistas do Conselho Central de Arqueologia (Kas) de Atenas, máxima instância de decisão do setor. Para Vivi Vassilopoulou, diretora do patrimônio cultural do país, as relações com o Louvre não serão alteradas.

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