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09/03/2007
-
09h00
SIDNEI OLIVEIRA
do Agora
Depois de "Motoboys - Vida Loca" (2003), os motoqueiros estão mais uma vez em evidência com a estréia de "Os 12 Trabalhos", filme do diretor paulistano Ricardo Elias que chega nesta sexta-feira (8) aos cinemas. O longa, que foi totalmente filmado na cidade de São Paulo, retrata um dia na vida de um jovem negro que precisa cumprir 12 tarefas para conseguir uma vaga de motoboy.
Heracles, personagem vivido pelo ator Sidney Santiago, 21 anos, é um rapaz da periferia com passagem pela Febem que não conheceu o pai e tem mãe faxineira. Arrependido dos rolos que mancham seu passado, resolve mudar de vida ao acompanhar um primo que o apresenta em uma empresa de entregas expressas. Nos vários endereços que visita durante o dia, Heracles passa por uma série de situações triviais que envolvem burocracia, preconceito, desconfiança e carência afetiva. "São muitas as situações inusitadas na vida de um motoboy", afirma Santiago, que dividiu o prêmio de melhor ator --pelo longa-- com Selton Mello, no Festival de Cinema do Rio do ano passado.
O diretor Ricardo Elias passou a se interessar pelo trabalho dos motoboys logo após concluir "De Passagem (2003)", primeiro longa de sua autoria e que retrata os conflitos de adolescentes em bairros carentes. "O jovem das classes C e D são estereotipados pela mídia e eu quis mostrar o lado humano desses personagens", explica.
Além do aspecto social do filme, Elias tentou retratar a correria da cidade como forma de justificar a presença de tantos motoboys nas ruas. "As pessoas querem tudo para ontem, e isso faz dos motoboys os agentes dessa ansiedade", resume. Estima-se que em São Paulo existam aproximadamente 300 mil motoboys atualmente.
Assim como o Heracles da mitologia grega --que executou 12 tarefas para ser perdoado pelo assassinato de seus familiares-- o jovem motoboy de "Os 12 Trabalhos" acredita que completar a missão é uma forma de conseguir sua própria aprovação na sociedade. Mas percebe, aos poucos, que ela se mostra indiferente às suas expectativas.
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"Os 12 Trabalhos" tenta dar outro olhar ao jovem da periferia
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Depois de "Motoboys - Vida Loca" (2003), os motoqueiros estão mais uma vez em evidência com a estréia de "Os 12 Trabalhos", filme do diretor paulistano Ricardo Elias que chega nesta sexta-feira (8) aos cinemas. O longa, que foi totalmente filmado na cidade de São Paulo, retrata um dia na vida de um jovem negro que precisa cumprir 12 tarefas para conseguir uma vaga de motoboy.
Divulgação |
Longa-metragem "Os 12 Trabalhos" foi totalmente filmado na cidade de São Paulo |
O diretor Ricardo Elias passou a se interessar pelo trabalho dos motoboys logo após concluir "De Passagem (2003)", primeiro longa de sua autoria e que retrata os conflitos de adolescentes em bairros carentes. "O jovem das classes C e D são estereotipados pela mídia e eu quis mostrar o lado humano desses personagens", explica.
Além do aspecto social do filme, Elias tentou retratar a correria da cidade como forma de justificar a presença de tantos motoboys nas ruas. "As pessoas querem tudo para ontem, e isso faz dos motoboys os agentes dessa ansiedade", resume. Estima-se que em São Paulo existam aproximadamente 300 mil motoboys atualmente.
Assim como o Heracles da mitologia grega --que executou 12 tarefas para ser perdoado pelo assassinato de seus familiares-- o jovem motoboy de "Os 12 Trabalhos" acredita que completar a missão é uma forma de conseguir sua própria aprovação na sociedade. Mas percebe, aos poucos, que ela se mostra indiferente às suas expectativas.
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