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12/03/2007
-
19h03
da France Presse, em Los Angeles
O cineasta mexicano Alfonso Cuarón receberá nesta semana um novo prêmio por sua trajetória artística em um evento da indústria do cinema nos EUA, de onde aplaude a diversidade, "as novas idéias, os novos esquemas e as novas fórmulas".
"Minha nação é o cinema e minha língua, os filmes. Faço filmes na língua dos filmes. Onde são feitos e suas bandeiras são só aspectos circunstanciais", contou Cuarón, 45, em duas longas entrevistas concedidas nesta segunda-feira (12) na imprensa de Hollywood.
Nesta semana, Cuarón receberá o prêmio para a Trajetória Internacional no âmbito da convenção de cinema ShoWest que se celebra em Las Vegas de segunda-feira até a próxima quinta-feira (15) e onde também será homenageado o cineasta "cult" americano Quentin Tarantino, que receberá o prêmio de Diretor do Ano.
Diante do fato de fazer filmes tanto em inglês quanto em espanhol em Hollywood e no México de altos e baixos orçamentos, como "E Sua Mãe Também", "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban" e "Filhos da Esperança", Cuarón só vê nisto um dado positivo.
Sem descartar que possa existir o risco de desaparecerem as diferenças artísticas e nacionais e que se possa chegar a uma homogeneização do cinema, "acho que neste ponto é uma saborosa lufada de ar fresco e uma ruptura do aspecto homogêneo do cinema", disse ao jornal "Hollywood Reporter".
Prova disto foi a última edição do Oscar, na qual entre os filmes indicados havia diferentes "tendências" como "Babel" (de seu compatriota Alejandro González Iñárritu) e "O Labirinto do Fauno" (do também mexicano Guillermo del Toro), que competiram com "Os Infiltrados", de Martin Scorsese.
"O perigo é considerar Hollywood como o objetivo e o destino", acrescentou.
"Hollywood pode ser parte de uma carreira, mas seria terrível pensar que os diretores mexicanos estão pensando em como fazê-la em Hollywood", acrescentou o cineasta, indicado três vezes nos Oscar por "Filhos da Esperança", além de ser produtor de "O Labirinto do Fauno", que levou três estatuetas das seis a concorria.
Cuarón revelou à revista "Variety", outra referência da indústria do entretenimento, que não teve outra opção que ir para Hollywood, depois de filmar "Sólo con tu pareja", em 1991, quando se desentendeu com a Comissão Cinematográfica do México.
"O único que os preocupa é produzir um certo número de filmes por ano, mas depois não se interessam na vida destes filmes", disse Cuarón ao lembrar que nestes anos, alguém da Comissão Mexicana lhe disse: "O cinema mexicano não interessa a ninguém, nem mesmo aos mexicanos".
Ele insistiu: não importam se são em inglês ou espanhol, mega ou baixos orçamentos, "o tamanho não é o limite para fazer algo pessoal".
EspecialLeia o que já foi publicado sobre Alfonso Cuarón
Cineasta mexicano Alfonso Cuarón recebe prêmio nos EUA
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O cineasta mexicano Alfonso Cuarón receberá nesta semana um novo prêmio por sua trajetória artística em um evento da indústria do cinema nos EUA, de onde aplaude a diversidade, "as novas idéias, os novos esquemas e as novas fórmulas".
"Minha nação é o cinema e minha língua, os filmes. Faço filmes na língua dos filmes. Onde são feitos e suas bandeiras são só aspectos circunstanciais", contou Cuarón, 45, em duas longas entrevistas concedidas nesta segunda-feira (12) na imprensa de Hollywood.
Nesta semana, Cuarón receberá o prêmio para a Trajetória Internacional no âmbito da convenção de cinema ShoWest que se celebra em Las Vegas de segunda-feira até a próxima quinta-feira (15) e onde também será homenageado o cineasta "cult" americano Quentin Tarantino, que receberá o prêmio de Diretor do Ano.
Diante do fato de fazer filmes tanto em inglês quanto em espanhol em Hollywood e no México de altos e baixos orçamentos, como "E Sua Mãe Também", "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban" e "Filhos da Esperança", Cuarón só vê nisto um dado positivo.
Sem descartar que possa existir o risco de desaparecerem as diferenças artísticas e nacionais e que se possa chegar a uma homogeneização do cinema, "acho que neste ponto é uma saborosa lufada de ar fresco e uma ruptura do aspecto homogêneo do cinema", disse ao jornal "Hollywood Reporter".
Prova disto foi a última edição do Oscar, na qual entre os filmes indicados havia diferentes "tendências" como "Babel" (de seu compatriota Alejandro González Iñárritu) e "O Labirinto do Fauno" (do também mexicano Guillermo del Toro), que competiram com "Os Infiltrados", de Martin Scorsese.
"O perigo é considerar Hollywood como o objetivo e o destino", acrescentou.
"Hollywood pode ser parte de uma carreira, mas seria terrível pensar que os diretores mexicanos estão pensando em como fazê-la em Hollywood", acrescentou o cineasta, indicado três vezes nos Oscar por "Filhos da Esperança", além de ser produtor de "O Labirinto do Fauno", que levou três estatuetas das seis a concorria.
Cuarón revelou à revista "Variety", outra referência da indústria do entretenimento, que não teve outra opção que ir para Hollywood, depois de filmar "Sólo con tu pareja", em 1991, quando se desentendeu com a Comissão Cinematográfica do México.
"O único que os preocupa é produzir um certo número de filmes por ano, mas depois não se interessam na vida destes filmes", disse Cuarón ao lembrar que nestes anos, alguém da Comissão Mexicana lhe disse: "O cinema mexicano não interessa a ninguém, nem mesmo aos mexicanos".
Ele insistiu: não importam se são em inglês ou espanhol, mega ou baixos orçamentos, "o tamanho não é o limite para fazer algo pessoal".
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