Publicidade
Publicidade
16/03/2007
-
10h00
RICARDO CALIL
do Guia da Folha
Robert de Niro sempre foi um intérprete autoral. Para o bem e para o mal, é possível reconhecer as marcas (e, nos últimos anos, os tiques) do ator por trás de todos os seus personagens. Ainda é cedo para defini-lo como cineasta, já que ele dirigiu apenas "Desafio no Bronx" (93) e, agora, "O Bom Pastor" (06). Mas o segundo longa reforça a impressão deixada pelo primeiro: a de um diretor seguro, que domina seu ofício, porém, impessoal, sem características definidoras de um estilo.
Em "O Bom Pastor", De Niro se propõe a recontar a história real da criação da CIA (Central Inteligence Agency) a partir de um protagonista ficcional. Brilhante ex-aluno de Yale, Edmund Wilson (Matt Damon, cada vez mais maduro) é convidado por um general (De Niro) a integrar o Escritório de Serviços Estratégicos do governo americano (precursor da CIA) na Europa da Segunda Guerra.
Bem-sucedido, ele é convocado a dirigir a contra-inteligência da agência nos anos da Guerra Fria e trava com um inimigo da KGB soviética um longo embate que tem como ápice a frustrada tentativa de invasão da baía dos Porcos, em Cuba, no ano de 1961. Silencioso, metódico e patriótico, Wilson dedica toda sua vida à CIA, mesmo que isso signifique o fracasso de seu casamento com Margaret (Angelina Jolie) e da relação com seu filho.
De Niro narra essa história de forma não-cronológica, em um constante vaivém no tempo, e dá conta de sua complexidade sem se perder em detalhes ou cansar o espectador (apesar das quase três horas de duração). De certa forma, seu trabalho como diretor se assemelha à personalidade de seu protagonista: eficiente e discreto, de forma a não chamar atenção para suas virtudes, mas também frio e sisudo, ao deixar as emoções dos personagens sempre em segundo plano.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Angelina Jolie
Leia o que já foi publicado sobre Robert de Niro
Robert de Niro expõe nascimento da CIA em "O Bom Pastor"
Publicidade
do Guia da Folha
Robert de Niro sempre foi um intérprete autoral. Para o bem e para o mal, é possível reconhecer as marcas (e, nos últimos anos, os tiques) do ator por trás de todos os seus personagens. Ainda é cedo para defini-lo como cineasta, já que ele dirigiu apenas "Desafio no Bronx" (93) e, agora, "O Bom Pastor" (06). Mas o segundo longa reforça a impressão deixada pelo primeiro: a de um diretor seguro, que domina seu ofício, porém, impessoal, sem características definidoras de um estilo.
Divulgação |
Angelina Jolie e Matt Damon em cena no segundo longa dirigido por Robert de Niro |
Bem-sucedido, ele é convocado a dirigir a contra-inteligência da agência nos anos da Guerra Fria e trava com um inimigo da KGB soviética um longo embate que tem como ápice a frustrada tentativa de invasão da baía dos Porcos, em Cuba, no ano de 1961. Silencioso, metódico e patriótico, Wilson dedica toda sua vida à CIA, mesmo que isso signifique o fracasso de seu casamento com Margaret (Angelina Jolie) e da relação com seu filho.
De Niro narra essa história de forma não-cronológica, em um constante vaivém no tempo, e dá conta de sua complexidade sem se perder em detalhes ou cansar o espectador (apesar das quase três horas de duração). De certa forma, seu trabalho como diretor se assemelha à personalidade de seu protagonista: eficiente e discreto, de forma a não chamar atenção para suas virtudes, mas também frio e sisudo, ao deixar as emoções dos personagens sempre em segundo plano.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice