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19/03/2007
-
13h30
da Efe, em Santa Cruz
A escritora brasileira Nélida Piñon disse que as mulheres foram co-autoras dos grandes textos da literatura universal, mesmo não os tendo escrito, porque sempre foram "testemunhas dos momentos mais radicais" da vida humana, da morte e do nascimento.
A escritora, que ganhou o prêmio Príncipe de Astúrias das Letras em 2005, fez estas declarações em entrevista coletiva em Tenerife, nas Ilhas Canárias, por ocasião de sua participação no congresso "Literatura e Mulher: Perspectivas do Século 21".
A autora de "A República dos Sonhos" argumentou, como exemplo, que William Shakespeare provavelmente jamais perguntou à mulher "como se dá à luz uma criança e como é morrer", mas lembrou que as obras do dramaturgo inglês mostram seu conhecimento destes eventos.
As mulheres, pelo contrário, "sempre estiveram ali" e perguntam e analisam os grandes fatos do ser humano, nascimento e morte. Por isso, um homem poderia dirigir-se a elas e perguntar sobre "como são os últimos suspiros", disse Piñon.
"O médico vai embora, mas quem historicamente fica ao lado do leito do moribundo, e depois do morto, é a mulher", disse a escritora, natural do Rio de Janeiro.
A autora disse que, ao longo da história, "a mulher teve a sabedoria da morte e a sabedoria da vida", e foi "protagonista das distâncias do amor".
Isso fez com que a mulher tivesse "uma gramática extraordinária em relação aos grandes sentimentos e aos grandes dramas humanos", afirmou a autora de "Guia-mapa de Gabriel Arcanjo".
"Acho que os grandes autores buscaram o testemunho da mulher para dominar o saber, o conhecimento", o que faz do grupo feminino "co-autor" dos grandes textos literários, embora não tenha participado da escrita, disse Piñon, que é a primeira mulher designada presidente da Academia Brasileira de Letras.
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Mulheres foram co-autoras de grandes obras, diz Nélida Piñon
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A escritora brasileira Nélida Piñon disse que as mulheres foram co-autoras dos grandes textos da literatura universal, mesmo não os tendo escrito, porque sempre foram "testemunhas dos momentos mais radicais" da vida humana, da morte e do nascimento.
A escritora, que ganhou o prêmio Príncipe de Astúrias das Letras em 2005, fez estas declarações em entrevista coletiva em Tenerife, nas Ilhas Canárias, por ocasião de sua participação no congresso "Literatura e Mulher: Perspectivas do Século 21".
A autora de "A República dos Sonhos" argumentou, como exemplo, que William Shakespeare provavelmente jamais perguntou à mulher "como se dá à luz uma criança e como é morrer", mas lembrou que as obras do dramaturgo inglês mostram seu conhecimento destes eventos.
As mulheres, pelo contrário, "sempre estiveram ali" e perguntam e analisam os grandes fatos do ser humano, nascimento e morte. Por isso, um homem poderia dirigir-se a elas e perguntar sobre "como são os últimos suspiros", disse Piñon.
"O médico vai embora, mas quem historicamente fica ao lado do leito do moribundo, e depois do morto, é a mulher", disse a escritora, natural do Rio de Janeiro.
A autora disse que, ao longo da história, "a mulher teve a sabedoria da morte e a sabedoria da vida", e foi "protagonista das distâncias do amor".
Isso fez com que a mulher tivesse "uma gramática extraordinária em relação aos grandes sentimentos e aos grandes dramas humanos", afirmou a autora de "Guia-mapa de Gabriel Arcanjo".
"Acho que os grandes autores buscaram o testemunho da mulher para dominar o saber, o conhecimento", o que faz do grupo feminino "co-autor" dos grandes textos literários, embora não tenha participado da escrita, disse Piñon, que é a primeira mulher designada presidente da Academia Brasileira de Letras.
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