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30/03/2007
-
10h12
SÉRGIO RIZZO
do Guia da Folha
A violência urbana contemporânea assusta, mas suas ameaças são café-com-leite perto da eventualidade de cruzar por aí com um grupo de soldados espartanos, ao menos como são descritos em "300", que inaugura a temporada 2007 de superproduções para o público jovem, a prosseguir em breve com os terceiros episódios de "Homem-Aranha" e "Piratas do Caribe".
Cabeças degoladas e membros decepados, lanças inseridas com prazerosa crueldade em diversas partes do corpo, pilhas de cadáveres formando uma barreira contra o avanço inimigo: a célebre batalha de uma elite de guerreiros de Esparta contra as tropas do imperador persa Xerxes, no século 5 antes de Cristo, é recriada de acordo com uma coreografia que acentua a brutalidade e a violência.
A encenação tem matriz gráfica: a HQ de Frank Miller e Lynn Varley, da qual vêm, entre outros aspectos, o conceito no uso do vermelho e o tratamento dos embates (e, por tabela, dos próprios espartanos e de seus inimigos) como sobre-humanos. Flerta-se abertamente com a fantasia, e não com a reconstituição histórica mais naturalista, neste conto de fadas para meninões que espirra testosterona em câmera lenta pela tela.
As seqüências de batalha são o cartão de visita do filme, mas o diretor Zach Snyder ("Madrugada dos Mortos") se empenha também no desenho heróico do rei Leônidas (Gerard Butler, de "O Fantasma da Ópera") e de sua mulher (Lena Headey) a partir das intrigas políticas de Esparta. Por outro lado, trata Xerxes (Rodrigo Santoro) e os persas como alienígenas bárbaros. O cinema dos EUA sempre reduziu assim o mundo, com leituras variadas. Em "300", os ecos levam outra vez ao Oriente Médio.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre "300"
Adaptação de HQ "300" espirra testosterona
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do Guia da Folha
A violência urbana contemporânea assusta, mas suas ameaças são café-com-leite perto da eventualidade de cruzar por aí com um grupo de soldados espartanos, ao menos como são descritos em "300", que inaugura a temporada 2007 de superproduções para o público jovem, a prosseguir em breve com os terceiros episódios de "Homem-Aranha" e "Piratas do Caribe".
Divulgação |
Rodrigo Santoro como o rei Xerxes em "300" |
A encenação tem matriz gráfica: a HQ de Frank Miller e Lynn Varley, da qual vêm, entre outros aspectos, o conceito no uso do vermelho e o tratamento dos embates (e, por tabela, dos próprios espartanos e de seus inimigos) como sobre-humanos. Flerta-se abertamente com a fantasia, e não com a reconstituição histórica mais naturalista, neste conto de fadas para meninões que espirra testosterona em câmera lenta pela tela.
As seqüências de batalha são o cartão de visita do filme, mas o diretor Zach Snyder ("Madrugada dos Mortos") se empenha também no desenho heróico do rei Leônidas (Gerard Butler, de "O Fantasma da Ópera") e de sua mulher (Lena Headey) a partir das intrigas políticas de Esparta. Por outro lado, trata Xerxes (Rodrigo Santoro) e os persas como alienígenas bárbaros. O cinema dos EUA sempre reduziu assim o mundo, com leituras variadas. Em "300", os ecos levam outra vez ao Oriente Médio.
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