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06/04/2007
-
16h07
ANA GEREZ
da Efe, no Rio
O arquiteto Oscar Niemeyer, 99, inaugurou ontem o Teatro Popular de Niterói, obra que, depois de pesados investimentos financeiros, é considerada pelo artista como a mais difícil de sua longa carreira.
"Tudo o que posso dizer [sobre a obra] não tem nada a ver com a arquitetura", disse Niemeyer, dedicando a construção ao Brasil --simbolizado nas cores verde, amarela, azul e branca do auditório, que ele mesmo destacou em seu breve discurso.
O público que lotava a sala de inauguração o cumprimentou de pé com uma longa salva de palmas o arquiteto --que compareceu à inauguração acompanhado de sua mulher e de uma filha.
A inauguração foi o primeiro ato realizado em Niterói para comemorar o centenário do nascimento do arquiteto, que acontecerá em 15 de dezembro.
Ilustre presença
O mais famoso arquiteto brasileiro foi acompanhado no ato pelos ministros de Cultura, Gilberto Gil; de Turismo, Marta Suplicy, pelo secretário nacional de Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, e por autoridades regionais e locais.
Suplicy ressaltou que o Teatro Popular, junto com outras obras de Niemeyer em Niterói, oferece um importante pacote turístico e cultural à cidade, situada na baía de Guanabara.
Gil, por sua parte, destacou a afinidade entre a política cultural da cidade e a do governo federal, já que procura a "democratização" e o acesso de todos à cultura. O ministro ressaltou que a abertura do teatro contribuirá para o respeito à diversidade cultural do Brasil.
Curvas em concreto
O teatro é a sexta obra de Niemeyer em Niterói. A cidade também acolhe o famoso Museu de Arte Contemporânea. Com a inauguração do teatro, Niterói se transformou na segunda cidade brasileira com maior número de trabalhos do arquiteto --após Brasília, local de sua obra-prima arquitetônica.
Com uma capacidade para 10 mil espectadores, o teatro possui as curvas em concreto que já constituem a assinatura de Niemeyer.
Também foram construídos dois painéis gigantes de azulejos com figuras humanas em movimento.
Uma inovação é um camarote reversível, que pode servir para espetáculos privados com capacidade para 350 pessoas --mas que também pode ser aberto para a parte principal do teatro, com capacidade para 10 mil pessoas.
Uma parede de vidro permite que o público veja a baía de Guanabara do interior do teatro, que conta ainda com uma rampa e uma escada em espiral, elementos freqüentes nas obras de Niemeyer.
O projeto, o "mais demorado e difícil de realizar", segundo o arquiteto, teve um custo de R$ 14 milhões, dos quais R$ 9 milhões são provenientes da prefeitura de Niterói. Os R$ 5 milhões restantes foram doados pelo Ministério do Turismo.
"Durante anos, infelizmente, a obra foi afetada por diferentes problemas gerados pela falta de recursos", disse Niemeyer. O arquiteto admitiu que os problemas orçamentários não só atrasaram a construção em cerca de oito anos, mas o obrigaram a realizar diversas modificações no projeto.
O arquiteto afirmou que durante todo esse tempo se absteve de criticar os responsáveis pelos problemas, porque reconhece que "todos tentavam encontrar uma solução, qualquer que fosse".
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Oscar Niemeyer inaugura Teatro Popular de Niterói
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da Efe, no Rio
O arquiteto Oscar Niemeyer, 99, inaugurou ontem o Teatro Popular de Niterói, obra que, depois de pesados investimentos financeiros, é considerada pelo artista como a mais difícil de sua longa carreira.
"Tudo o que posso dizer [sobre a obra] não tem nada a ver com a arquitetura", disse Niemeyer, dedicando a construção ao Brasil --simbolizado nas cores verde, amarela, azul e branca do auditório, que ele mesmo destacou em seu breve discurso.
O público que lotava a sala de inauguração o cumprimentou de pé com uma longa salva de palmas o arquiteto --que compareceu à inauguração acompanhado de sua mulher e de uma filha.
A inauguração foi o primeiro ato realizado em Niterói para comemorar o centenário do nascimento do arquiteto, que acontecerá em 15 de dezembro.
Ilustre presença
O mais famoso arquiteto brasileiro foi acompanhado no ato pelos ministros de Cultura, Gilberto Gil; de Turismo, Marta Suplicy, pelo secretário nacional de Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, e por autoridades regionais e locais.
Suplicy ressaltou que o Teatro Popular, junto com outras obras de Niemeyer em Niterói, oferece um importante pacote turístico e cultural à cidade, situada na baía de Guanabara.
Gil, por sua parte, destacou a afinidade entre a política cultural da cidade e a do governo federal, já que procura a "democratização" e o acesso de todos à cultura. O ministro ressaltou que a abertura do teatro contribuirá para o respeito à diversidade cultural do Brasil.
Curvas em concreto
O teatro é a sexta obra de Niemeyer em Niterói. A cidade também acolhe o famoso Museu de Arte Contemporânea. Com a inauguração do teatro, Niterói se transformou na segunda cidade brasileira com maior número de trabalhos do arquiteto --após Brasília, local de sua obra-prima arquitetônica.
Com uma capacidade para 10 mil espectadores, o teatro possui as curvas em concreto que já constituem a assinatura de Niemeyer.
Também foram construídos dois painéis gigantes de azulejos com figuras humanas em movimento.
Uma inovação é um camarote reversível, que pode servir para espetáculos privados com capacidade para 350 pessoas --mas que também pode ser aberto para a parte principal do teatro, com capacidade para 10 mil pessoas.
Uma parede de vidro permite que o público veja a baía de Guanabara do interior do teatro, que conta ainda com uma rampa e uma escada em espiral, elementos freqüentes nas obras de Niemeyer.
O projeto, o "mais demorado e difícil de realizar", segundo o arquiteto, teve um custo de R$ 14 milhões, dos quais R$ 9 milhões são provenientes da prefeitura de Niterói. Os R$ 5 milhões restantes foram doados pelo Ministério do Turismo.
"Durante anos, infelizmente, a obra foi afetada por diferentes problemas gerados pela falta de recursos", disse Niemeyer. O arquiteto admitiu que os problemas orçamentários não só atrasaram a construção em cerca de oito anos, mas o obrigaram a realizar diversas modificações no projeto.
O arquiteto afirmou que durante todo esse tempo se absteve de criticar os responsáveis pelos problemas, porque reconhece que "todos tentavam encontrar uma solução, qualquer que fosse".
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