12/04/2007 - 16h41

Polícia investiga morte de ex-Travessos; artistas vão a enterro

da Folha Online

Leandro Lehart, que se tornou famoso com o grupo Art Popular, o cantor Cecéu Muniz e os membros do grupo Os Travessos compareceram ao enterro de Fabio Borges Mello, 26, que aconteceu por volta do meio-dia desta quinta-feira no Cemitério Parque do Carmo, em São Paulo.

Fabinho, como era conhecido o ex-vocalista do grupo Os Travessos, morreu na manhã de quarta-feira (11) no hospital Nipo-Brasileiro, no Parque Novo Mundo, após uma parada cardíaca.

Divulgação

Fabio (à dir.) na antiga formação do grupo

Segundo Denilson Nunes, da produtora DBM, o cantor havia ido na noite de terça-feira (10) à casa da namorada e se exercitado na esteira antes de dormir.

Por volta das 4h, Fabinho começou a passar mal e pediu para ser levado à casa dos pais.

O artista foi levado ao hospital, localizado na zona norte de São Paulo, às 6h, onde morreu às 8h25. "Ele teve uma parada cardíaca já no hospital", informou Nunes.

Remédios

A polícia investiga o caso. Segundo o delegado-assistente do 90º DP (Pq. Novo Mundo), Gilberto Silva Pereira, Fabinho disse ao pai que havia tomado cinco medicamentos em um dia, em vez dos dois que haviam sido prescritos.

Os remédios eram tomados para "controlar a ansiedade", informou o pai de Fabinho à polícia. O artista deu entrada no hospital apresentando sinais de taquicardia e rebaixamento de consciência, completou Pereira.

O IML (Instituo Médico Legal) analisará a morte de Fabinho e emitirá um laudo em 30 dias.

Segundo o produtor Nunes, o artista tomava antidepressivos, mas não cometia excessos. "Está todo mundo atônito. Ele não mexia com drogas. Era o menino perfeito." Para ele, a expectativa e a ansiedade em torno da carreira solo, que estava começando a decolar, poderiam ter afetado Fabinho.

O cantor, que saiu do grupo Os Travessos em 2005, lançaria o primeiro CD solo em junho. Ele tinha um show marcado para esta sexta-feira (13) em Santana de Parnaíba (Grande SP).

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