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16/04/2007
-
07h45
da Ansa, em Buenos Aires
Fundador da Escola de Três Mundos (junto com Gabriel García Márquez e Fidel Castro) e precursor do movimento Novo Cinema Latino-americano, o cineasta argentino Fernando Birri apresenta o que pensa do muralismo mexicano e da música da América Latina no livro "Soñar con los Ojos Abiertos" (Sonhar de Olhos Abertos).
O livro --editado na Argentina e na América Latina pela editora Aguilar-- reúne o ciclo de conferências de Birri na Universidade de Stanford (Califórnia), a convite do departamento de espanhol e português.
Birri falou durante conferências sobre o muralismo mexicano e analisou os filmes do boliviano Jorge Sanjines, do mexicano Paul Leduc, do argentino Fernando "Pino" Solanas, dos cubanos Tomas Gutierrez Alea e Julio García Espinosa, e dos brasileiros Glauber Rocha e Nelson Pereira Dos Santos, entre outros cineastas.
A poesia de Pablo Neruda e o ensaio de Eduardo Galeano também mereceram atenção dos alunos de Stanford, que relataram ao professor convidado a história de "Prisioneiros da Terra", filme-denúncia dos anos 50 do argentino Mario Soficci sobre as condições brutais de trabalho nas fábricas da Tríplice Fronteira (Argentina, Brasil e Paraguai).
"O novo cinema latino-americano está repleto de santos, guerreiros, monstros, anjos e duendes", disse Birri aos alunos norte-americanos, "mas o maior santo de todos os santos é Nelson Pereira dos Santos" (autor de "Rio 40 graus" e de "Vidas secas"). Para Birri, "uma figura única no cinema novo brasileiro".
Birri também afirmou aos estudantes que Galeano "é o oráculo da América Latina" e que a história do continente "falou pela sua boca". O escritor uruguaio foi também o inspirador de seu documentário "El siglo del Viento", filmado por Birri em 2000.
O cineasta argentino nasceu na cidade de Santa Fé (350 km a nordeste de Buenos Aires) em 1925, onde fundou o Instituto de Cinematografia da Universidade Nacional do Litoral, depois de estudar no Centro Experimental de Cinematografia de Roma.
A escola de cinema fundada em Santa Fé nos anos 50 foi pioneira no gênero e precursora de experiências similares que se repetiriam com a Escola do Cinema de San Antonio de Los Baños (onde leciona) e na Escola dos Três Mundos.
Palhaço e poeta além de cineasta, entre seus filmes se destacam "Tire Die", "Los inundados" e "Mi hijo el Che". Birri recebeu também a Ordem Félix Varela das mãos de Fidel Castro em reconhecimento pela sua trajetória.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre cinema latino
Cineasta argentino percorre novo cinema latino-americano
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Fundador da Escola de Três Mundos (junto com Gabriel García Márquez e Fidel Castro) e precursor do movimento Novo Cinema Latino-americano, o cineasta argentino Fernando Birri apresenta o que pensa do muralismo mexicano e da música da América Latina no livro "Soñar con los Ojos Abiertos" (Sonhar de Olhos Abertos).
O livro --editado na Argentina e na América Latina pela editora Aguilar-- reúne o ciclo de conferências de Birri na Universidade de Stanford (Califórnia), a convite do departamento de espanhol e português.
Birri falou durante conferências sobre o muralismo mexicano e analisou os filmes do boliviano Jorge Sanjines, do mexicano Paul Leduc, do argentino Fernando "Pino" Solanas, dos cubanos Tomas Gutierrez Alea e Julio García Espinosa, e dos brasileiros Glauber Rocha e Nelson Pereira Dos Santos, entre outros cineastas.
A poesia de Pablo Neruda e o ensaio de Eduardo Galeano também mereceram atenção dos alunos de Stanford, que relataram ao professor convidado a história de "Prisioneiros da Terra", filme-denúncia dos anos 50 do argentino Mario Soficci sobre as condições brutais de trabalho nas fábricas da Tríplice Fronteira (Argentina, Brasil e Paraguai).
"O novo cinema latino-americano está repleto de santos, guerreiros, monstros, anjos e duendes", disse Birri aos alunos norte-americanos, "mas o maior santo de todos os santos é Nelson Pereira dos Santos" (autor de "Rio 40 graus" e de "Vidas secas"). Para Birri, "uma figura única no cinema novo brasileiro".
Birri também afirmou aos estudantes que Galeano "é o oráculo da América Latina" e que a história do continente "falou pela sua boca". O escritor uruguaio foi também o inspirador de seu documentário "El siglo del Viento", filmado por Birri em 2000.
O cineasta argentino nasceu na cidade de Santa Fé (350 km a nordeste de Buenos Aires) em 1925, onde fundou o Instituto de Cinematografia da Universidade Nacional do Litoral, depois de estudar no Centro Experimental de Cinematografia de Roma.
A escola de cinema fundada em Santa Fé nos anos 50 foi pioneira no gênero e precursora de experiências similares que se repetiriam com a Escola do Cinema de San Antonio de Los Baños (onde leciona) e na Escola dos Três Mundos.
Palhaço e poeta além de cineasta, entre seus filmes se destacam "Tire Die", "Los inundados" e "Mi hijo el Che". Birri recebeu também a Ordem Félix Varela das mãos de Fidel Castro em reconhecimento pela sua trajetória.
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