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20/04/2007
-
09h32
SÉRGIO RIZZO
do Guia da Folha
Ao concluir a trilogia sobre as cores da bandeira francesa, em 1994, o polonês Krzysztof Kieslowski (1941-1996) afirmou que se afastaria em definitivo do cinema.
A morte precoce manteve a dúvida sobre o cumprimento da aposentadoria, mas trouxe a público o projeto de outra trilogia, também conceitual, que ele e seu habitual co-roteirista, o advogado Krzysztof Piesiewicz, haviam desenvolvido em torno da idéia de céu, inferno e purgatório.
Negociados os direitos, coube ao alemão Tom Tykwer ("Corra Lola, Corra", "O Perfume") dirigir o primeiro longa-metragem da nova série, "Paraíso" (02). Ambientado na Itália, trazia Cate Blanchett como uma terrorista e Giovanni Ribisi como um policial.
A empreitada prosseguiu na França com "Inferno" (05), entregue ao bósnio Danis Tanovic, vencedor do Oscar de filme estrangeiro por "Terra de Ninguém" (01). Embora tenha sido exibido na Mostra Internacional de São Paulo em 2005, o filme só estréia hoje na cidade.
Em ambos os casos, não convém esperar resultado à altura do que fez Kieslowski entre a minissérie de TV "Decálogo" (89) e "A Fraternidade é Vermelha" (94). De todo modo, "Inferno" leva uma vantagem considerável sobre "Paraíso": diferentemente de Tykwer, que pareceu perseguir a inconfundível visão de mundo do cineasta polonês, Tanovic optou por um caminho mais autônomo, aproximando o argumento (inspirado na segunda parte do "Inferno" de Dante) de seu próprio universo.
Mágoa e rancor são os sentimentos-chave que aos poucos emanam do relacionamento entre Sophie (Emmanuelle Béart) e suas irmãs (Karin Viard e Marie Gillain) e das três com a mãe (Carole Bouquet), sob o patrocínio de fantasmas do passado que teimam em assombrá-las.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Danis Tanovic
Tanovic dá sua visão a projeto de Kieslowski em "Inferno"
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do Guia da Folha
Ao concluir a trilogia sobre as cores da bandeira francesa, em 1994, o polonês Krzysztof Kieslowski (1941-1996) afirmou que se afastaria em definitivo do cinema.
A morte precoce manteve a dúvida sobre o cumprimento da aposentadoria, mas trouxe a público o projeto de outra trilogia, também conceitual, que ele e seu habitual co-roteirista, o advogado Krzysztof Piesiewicz, haviam desenvolvido em torno da idéia de céu, inferno e purgatório.
Divulgação |
Karin Viard, Marie Gillain e Emmanuelle Béart em "Inferno", do diretor Danis Tanovic |
A empreitada prosseguiu na França com "Inferno" (05), entregue ao bósnio Danis Tanovic, vencedor do Oscar de filme estrangeiro por "Terra de Ninguém" (01). Embora tenha sido exibido na Mostra Internacional de São Paulo em 2005, o filme só estréia hoje na cidade.
Em ambos os casos, não convém esperar resultado à altura do que fez Kieslowski entre a minissérie de TV "Decálogo" (89) e "A Fraternidade é Vermelha" (94). De todo modo, "Inferno" leva uma vantagem considerável sobre "Paraíso": diferentemente de Tykwer, que pareceu perseguir a inconfundível visão de mundo do cineasta polonês, Tanovic optou por um caminho mais autônomo, aproximando o argumento (inspirado na segunda parte do "Inferno" de Dante) de seu próprio universo.
Mágoa e rancor são os sentimentos-chave que aos poucos emanam do relacionamento entre Sophie (Emmanuelle Béart) e suas irmãs (Karin Viard e Marie Gillain) e das três com a mãe (Carole Bouquet), sob o patrocínio de fantasmas do passado que teimam em assombrá-las.
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