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30/04/2007 - 14h14

Famílias de músicos britânicos dos anos 50 perderão direitos autorais

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da Efe, em Londres

Os parentes das estrelas de rock britânicas dos anos 50 poderão se ver em má situação financeira. Após meio século, os direitos autorais dos intérpretes estão expirando, segundo a edição de hoje do jornal britânico "The Times".

Nesta semana, é comemorado o 50º aniversário de "Cumberland Gap", o single de Lonnie Donegan que foi o primeiro sucesso de vendas no Reino Unido. Pela legislação atual, os intérpretes recebem direitos autorais por meio século, e por isso a viúva de Donegan perderá essa fonte de renda no próximo ano, informou o jornal.

Com o objetivo de igualar os direitos autorais dos intérpretes aos dos compositores, que expiram após 70 anos, a viúva de Donegan autorizou que a música "Cumberland Gap" faça parte do álbum "Copyright Gap", produzido para denunciar a situação ao governo britânico.

Feito pela empresa Phonographic Performance, que arrecada os direitos autorais de 40 mil músicos, o álbum recebeu o apoio de membros do Parlamento britânico, que se solidarizaram com os intérpretes de singles sem uma carreira tão longa como a de Paul McCartney e outros.

Em 2008, a legislação afetará também o primeiro sucesso do cantor britânico Cliff Richards, "Move It". Os direitos sobre "She Loves You", dos Beatles, de 1963, também estão com os dias contados.

Assim como esse sucesso do quarteto de Liverpool, "Copyright Gap" também inclui os singles do The Who, "My Generation" (1965), "Whole Lotta Love", do Led Zeppelin, e "A Teenager in Love", de Marty Wilde.

Com 71 anos, Lonnie Donegan, o rei do "skiffle", música popular que usa instrumentos de fabricação artesanal, morreu em 2002, enquanto preparava um show. "Suas gravações de Rock Island Line e Cumberland Gap não valerão nada em termos monetários quando prescreverem os direitos autorais. As pessoas pensam que somos milionários, mas não é assim. Receber esses direitos só ajuda a seguir em frente", disse Sharon Donegan, 50, terceira e última mulher do cantor.

Segundo Sharon o mais "injusto" é que o trabalho de toda a vida de um cantor, como Lonnie, acaba em nada, "depois de tudo". Uma situação que também atinge a família de Adam Faith, que morreu em 2003.

O deputado trabalhista Michael Connarty faz hoje um apelo ao governo britânico para que pressione a União Européia (UE). Desde janeiro de 2005, a UE permite a cópia de gravações com 50 anos de idade sem necessidade de pagar aos donos dos direitos. Nos Estados Unidos, a proteção dura 95 anos.

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