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04/05/2007 - 08h08

Ensaio sobre sociedade vigiada, "Marcas da Vida" se perde no final

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RICARDO CALIL
do Guia da Folha

Em Glasgow (Escócia), a solitária e melancólica Jackie (Katia Dickie) trabalha em uma firma de segurança que vigia, por meio de câmeras de vídeo, uma área pobre da cidade.

Certo dia, ela reconhece em um monitor a figura de Clyde (Tony Curran), um ex-presidiário que a prejudicou de uma forma que, a princípio, não fica clara. Sem se identificar, Jackie passa a seguir e assediar Clyde com o objetivo de acertar contas com o passado.

Divulgação
"Marcas da Vida" é primeiro longa-metragem da cineasta britânica Andrea Arnold
"Marcas da Vida" é primeiro longa-metragem da cineasta britânica Andrea Arnold
Primeiro longa da cineasta britânica Andrea Arnold, Prêmio do Júri no último Festival de Cannes, "Marcas da Vida" começa como um fascinante ensaio sobre uma sociedade com indivíduos sob vigilância e relações mediadas pela tecnologia --um pouco à moda de "Caché" (2005), do austríaco Michael Haneke.

O filme evolui para um sólido thriller centrado na enigmática interação entre Jackie e Clyde, que varia da repulsa à atração física (e culmina com uma cena de sexo de intenso erotismo).

No terço final, porém, a ambigüidade dos personagens e das situações cede espaço a motivações psicológicas simplistas e a soluções narrativas convencionais. Se não fosse pelo desfecho, "Marcas da Vida" seria uma das estréias mais impactantes do cinema recente.

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