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06/05/2007
-
18h34
SILAS MARTÍ
WILLIAN VIEIRA
Colaboração para a Folha de S.Paulo
A divisão do Skol Beats em duas noites desagradou grande parte do público. Muitos reclamaram que a quebra na programação deixou a festa mais cara e mais vazia. Com a mudança, também ficou evidente a divisão das tribos. Os que preferem house, por exemplo, vieram apenas na sexta-feira (4), enquanto a turma do drum 'n' bass veio só no sábado. Poucos deles decidiram conferir tendas de outros estilos musicais.
"É pior dividir em dois dias, porque fica mais caro. Mas, por outro lado, isso seleciona mais o pessoal", disse a estudante Maria Carolina Alves, 18, que veio com o namorado ao Skol Beats pela segunda vez.
Já a relações públicas Carolina Kalil, 25, que mora na Vila Madalena e geralmente freqüenta os clubes Pacha e D-Edge, reclamou que a inclusão de novos gêneros como funk no "line-up" popularizaram a festa. "Tem gente falando que tem muitos suburbanos, gente estranha", disse.
Para o designer gráfico Arthur Ferreira, 31, que vem ao seu terceiro Skol Beats, foi boa a idéia de montar um espaço para hip hop, funk e black music. "Achei bem legal, porque dividiu bem a galera. Eu curto só eletrônica, mas gostei bastante da idéia", disse.
Mas para outros, o ecletismo não agradou. "Eu soube que até as meninas do Antônia tocaram. Isso foge bastante de eletrônica", disse o consultor Rogério Leite, 28, que foi a todas as edições do evento e desta vez estranhou as mudanças na programação.
"Eu quase não vim, porque este ano não tem nada de muito legal, além do Marky. O que me trouxe aqui mesmo foi a expectativa de ver o set dele com Laurent Garnier", disse o estudante Gabriel Cerali, 25, que dançava do lado de fora da tenda de DJ Marky --mesmo espaço que na sexta abrigou os fãs de house.
Estilo
Na noite de sábado, a tenda ficou lotada com pessoas de mochila e roupas Adidas, cabelo rastafari ou pontiagudo, tradicional figurino drum 'n' bass. Na sexta, Diesel e Armani estampavam as roupas dos musculosos sem camisa que ignoravam a tenda Urban Beats, onde se apresentavam grupos de black music e hip hop, rumo à apresentação de David Guetta, uma das mais aguardadas entre os gays.
Enquanto novas apostas como hip hop e o funk do Bonde do Rolê ganharam espaço, o público antes cativo de psytrance ficou de fora. Os "chapéus de gnomo", sucesso em raves do gênero, ficaram encalhados nas prateleiras da tenda Mercado Mundo Mix. Segundo a vendedora Nely Trindade, 30, o Skol Beats perdeu público ao deixar o estilo de fora. "Se eu não tivesse que trabalhar, com certeza estaria numa rave."
O jornalista Marcelo Cia, 29, acompanhava do lado de fora o set do DJ Laurent Garnier, na tenda The End, que ficou lotada à 1h. "Acho que este ano está mais organizado, mas cada ano o festival perde a relevância musical. O Laurent já tocou em balada em São Paulo. Quando o cara já veio para cá, perde a relevância. Deviam tentar trazer gente que está bombando lá fora. Eles ainda apostam só nos medalhões, quando tinham que apostar em outras coisas. Eu acho o Bonde do Rolê divertido, mas não me diz nada musicalmente", disse Cia.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Skol Beats
Divisão em dois dias separa tribos no Skol Beats
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WILLIAN VIEIRA
Colaboração para a Folha de S.Paulo
A divisão do Skol Beats em duas noites desagradou grande parte do público. Muitos reclamaram que a quebra na programação deixou a festa mais cara e mais vazia. Com a mudança, também ficou evidente a divisão das tribos. Os que preferem house, por exemplo, vieram apenas na sexta-feira (4), enquanto a turma do drum 'n' bass veio só no sábado. Poucos deles decidiram conferir tendas de outros estilos musicais.
Sidinei Lopes/Folha Imagem |
DJ Propulse durante apresentação nos palcos do Skol Beats 2007, em São Paulo |
Já a relações públicas Carolina Kalil, 25, que mora na Vila Madalena e geralmente freqüenta os clubes Pacha e D-Edge, reclamou que a inclusão de novos gêneros como funk no "line-up" popularizaram a festa. "Tem gente falando que tem muitos suburbanos, gente estranha", disse.
Para o designer gráfico Arthur Ferreira, 31, que vem ao seu terceiro Skol Beats, foi boa a idéia de montar um espaço para hip hop, funk e black music. "Achei bem legal, porque dividiu bem a galera. Eu curto só eletrônica, mas gostei bastante da idéia", disse.
Mas para outros, o ecletismo não agradou. "Eu soube que até as meninas do Antônia tocaram. Isso foge bastante de eletrônica", disse o consultor Rogério Leite, 28, que foi a todas as edições do evento e desta vez estranhou as mudanças na programação.
"Eu quase não vim, porque este ano não tem nada de muito legal, além do Marky. O que me trouxe aqui mesmo foi a expectativa de ver o set dele com Laurent Garnier", disse o estudante Gabriel Cerali, 25, que dançava do lado de fora da tenda de DJ Marky --mesmo espaço que na sexta abrigou os fãs de house.
Estilo
Na noite de sábado, a tenda ficou lotada com pessoas de mochila e roupas Adidas, cabelo rastafari ou pontiagudo, tradicional figurino drum 'n' bass. Na sexta, Diesel e Armani estampavam as roupas dos musculosos sem camisa que ignoravam a tenda Urban Beats, onde se apresentavam grupos de black music e hip hop, rumo à apresentação de David Guetta, uma das mais aguardadas entre os gays.
Enquanto novas apostas como hip hop e o funk do Bonde do Rolê ganharam espaço, o público antes cativo de psytrance ficou de fora. Os "chapéus de gnomo", sucesso em raves do gênero, ficaram encalhados nas prateleiras da tenda Mercado Mundo Mix. Segundo a vendedora Nely Trindade, 30, o Skol Beats perdeu público ao deixar o estilo de fora. "Se eu não tivesse que trabalhar, com certeza estaria numa rave."
O jornalista Marcelo Cia, 29, acompanhava do lado de fora o set do DJ Laurent Garnier, na tenda The End, que ficou lotada à 1h. "Acho que este ano está mais organizado, mas cada ano o festival perde a relevância musical. O Laurent já tocou em balada em São Paulo. Quando o cara já veio para cá, perde a relevância. Deviam tentar trazer gente que está bombando lá fora. Eles ainda apostam só nos medalhões, quando tinham que apostar em outras coisas. Eu acho o Bonde do Rolê divertido, mas não me diz nada musicalmente", disse Cia.
Especial
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