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12/12/2000 - 04h20

Valência vê modernismo brasileiro

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da Folha de S.Paulo

Enquanto Madri abre uma mostra que tem a arte brasileira como parte de sua temática, em Valência a exposição "Brasil: De la Antropofagia a Brasília" apresenta uma das mais completas retrospectivas do modernismo nacional.

Inaugurada no dia 26 de outubro, no Instituto Valência de Arte Moderna Júlio González, a exposição tem curadoria do professor da USP Jorge Schwartz.

"A mostra tem um caráter pluritemático, inspirado na Semana de Arte Moderna de 22", conta Schwartz. Para tanto, o curador contou com a colaboração de outros cinco especialistas, que trabalharam nas áreas de artes plásticas, arquitetura, cinema, música, literatura, fotografia e ainda um módulo dedicado à presença de artistas estrangeiros no país.

A exposição, com cerca de 700 obras, ocupa 1.500 m2 do museu, que há cinco anos preparava a mostra. "Eles nos deram carta branca, toda a curadoria é brasileira", diz Schwartz.

Para tanto, o professor realizou uma extensa pesquisa e conseguiu levar desde ícones do modernismo brasileiro, como a tela "Abaporu", de Tarsila do Amaral, até imagens e documentos praticamente desconhecidos, como fotos de Mário de Andrade em suas viagens pelo Brasil.

Segundo Schwartz, "alguns artistas conquistaram um destaque especial". É
o caso do pintor pernambucano Vicente do Rego Monteiro. Além de estar representado em quatro telas, na entrada do museu está projetado o desenho do artista "O Antropófago" (1921), que antecede em sete anos o "Manifesto Antropofágico".

Não há itinerância prevista para a exposição, todos os custos, de cerca de US$ 1 milhão, foram arcados pelo museu espanhol. O catálogo da exposição, com 630 páginas, é um dos melhores documentos sobre o modernismo brasileiro.
(FABIO CYPRIANO)
 

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