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19/12/2000 - 04h00

Noites felizes com amigo-secreto clubber

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LÚCIO RIBEIRO, da Folha de S.Paulo

O Papai Noel do ano 2000 está ligado na tomada. O bom velhinho chegou neste ano ao Brasil com o saco cheio de lançamentos finos das mais variadas tendências da música eletrônica. O sino vai bater, mas não é o de Belém.

O mais valioso "presente" eletro-natalino é a edição no país do delicioso novo álbum do DJ inglês Norman Cook, que, sob o nome de Fatboy Slim e com seu toque de Midas à frente do estilo big beat, tem garantido há anos um lugar no Olimpo dos DJs milionários (ao lado de Moby).

"Halfway between the Gutter and the Stars", terceiro álbum do mago que pôs a eletrônica no meio do caminho entre as pistas e as massas, entre os frequentadores de porões obscuros e a novela, aporta no Brasil via Sony, mais de um mês depois de ser lançado na Inglaterra e dividindo opiniões.

Não é fácil fazer o sucessor de "You've Come a Long Way, Baby", de 1998, que só nos EUA e na Inglaterra vendeu cerca de 4 milhões de cópias, números colossais para a eletrônica na época.

"You've Come...", só para lembrar, é o CD que carrega o hit planetário "Rockafeller Skank", a música que circulou pela Terra à bordo de comerciais de TV, filmes de Hollywood e videogames. E que ditatorialmente fez boa parte dos jovens do mundo pop ao menos uma vez dizerem o refrão "the funk soul brother".

Sobre o novo disco, "Halfway between the Gutter and the Stars", você lê abaixo.

Este espaço agora se pronuncia sobre o inesperado lançamento no país do terceiro álbum do cultuado trio londrino de vanguarda Add N to (X), que em popularidade está para o Fatboy Slim assim como o Santos da Jamaica está para o Santos de Pelé.

Batizado de "Add Insult to Injury", o CD, que chega ao país pelas mãos da ex-Roadrunner, agora Sum Records, é festejado em meios afins como um dos discos do ano.

De som eletrônico inqualificável, desta vez o Add N to (X) chega próximo a um electro-punk polêmico. A Mute Records não consegue distribuição (a não ser em países "liberais" como Dinamarca e França, em horários avançados) para o videoclipe da ótima e algo pornô "Plug Me In". O clipe, ao qual a Folha teve acesso, mostra brincadeiras ousadas entre duas belas garotas.

Banda da qual o melhor amigo é o sintetizador e ilustre frequentadora da seleta lista dos prediletos do DJ Moby, o que não é pouca coisa, o Add N to (X) está no meio do caminho entre a bobagem e a mais moderna
expressão de arte. Hummm!

De Reykjavik (Islândia), mesma cidade de Björk, a Sum Records trouxe o terceiro CD da banda GusGus, "GusGus vs. T-World", lançado neste ano.

Banda importada pela cena inglesa graças às recomendações de Jarvis Cocker (Pulp) e Damon Albarn (Blur), o GusGus na verdade é uma coletividade de oito, nove amigos músicos, cineastas, fotógrafos, atores que, na hora de transformar seus atributos em som, este resulta em uma mistura de tecno atmosférico e trip hop que às vezes deve ser ouvida nas pistas, outras em galerias de arte.

A pacoteira eletrônica de Natal é reforçada pelo lançamento nacional de "In the Mode", excelente novo álbum do herói do drum'n'bass Roni Size e seu Reprazent, e da edição dupla do importante e inesgotável "Play" (desta vez com b-sides), de Moby, que finalmente chega às lojas. Os dois discos já receberam textos recentes na Ilustrada.
 

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