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05/01/2001 - 05h02

Ecletismo marca edição 2001 do Grammy

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da Folha de S.Paulo

Não deixa de ser bizarro. Os indicados para a 43ª edição do Grammy, anunciados na quarta-feira em Los Angeles, incluem dois ex-beatles, um boxeador e três artistas que já morreram há algum tempo.

Além deles, os "usuais suspeitos" (Britney Spears, N'Sync, Ricky Martin, Backstreet Boys) e a velha guarda (Madonna, Sting, Paul Simon, U2, Paul McCartney, Bob Dylan) também constam da gigantesca lista de mais de 500 nomes e cem categorias.

Apesar da diversidade de gêneros, estilos e gerações, a grande controvérsia do próximo Grammy, o maior prêmio da música pop mundial, gira mesmo em torno das quatro indicações do sempre polêmico Eminem, aquele cujo nome vem invariavelmente antecedido de adjetivos como repugnante ou genial. Mas ignorar sua irreverência, petulância e suas letras -que para muitos promovem homofobia e discriminação da mulher- chocaria metade da indústria.

Só que não ignorar sua obra e, mais do que isso, nomear a fera a quatro categorias, incluindo a mais importante de todas, a de melhor álbum (ele concorre com Beck, Radiohead, Paul Simon e Steely Dan), terminou por chocar a outra metade.

Enquanto críticos duelam em discussões calorosas sobre prós e contras da indicação do rapper -que provavelmente não será convidado a se apresentar na festa da premiação-, são outras as categorias que prometem esquentar o 43º Grammy.

A recém-casada Madonna, que já tem três Grammy em casa, vai encarar as prediletas das adolescentes do mundo todo, Britney Spears e Christina Aguilera, pelo prêmio de melhor performance pop feminina.

Na categoria que elegerá a melhor música do ano, U2 ("Beautiful Day") vai cabeça a cabeça com Macy Gray ("I Try"), Destiny's Child ("Say My Name"), Faith Hill ("Breath") e Lee Ann Womack ("I Hope You Dance").

E, na disputa de melhor gravação do ano, os roqueiros irlandeses peitam Madonna e sua "Music", as mesmas Destiny's Child e Macy Gray e os meninos do N'Sync com "Bye Bye Bye".

Ainda mais interessante é a indicação do ex-beatle Paul McCartney para melhor disco alternativo (sim, senhor!) com "Liverpool Sound Collage" e de John Lennon, 20 anos depois de sua morte, para melhor vídeo de formato longo, com "Gimme Some Truth - The Making of John Lennon's Imagine Album".

Na categoria do bizarro -também conhecida como melhor colaboração pop-, entram Frank Sinatra, em parceria com Celine Dion, e Bob Marley, que pode faturar um Grammy pelas mãos de Lauryn Hill.

Não menos perturbadora é a indicação de Oscar De La Roya, o milionário boxeador, para melhor álbum pop latino. Desta vez, no que deve ser uma derrota por nocaute, ele terá que lutar contra Aguilera e Shakira.

O Brasil só emplacou mesmo com João Gilberto -a propósito, a cerimônia de entrega de prêmios será realizada no dia 21 de fevereiro no novíssimo ginásio Staples Center, em Los Angeles, conhecido por possuir um dos melhores sistemas de som do mundo-, com seu "João Voz e Violão", na categoria melhor disco de world music.

Além dele, Sting e o saxofonista Groover Washington Jr. concorrerão, com composições de Ivan Lins. Mas é somente isso para aquela considerada por muitos como a melhor música do mundo. É esperar para ver o resultado de confrontos tão disparatados.
 

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