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12/01/2001 - 04h53

Aclimatado, Sting brinca sobre o Brasil

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CRISTINA GRILLO, da Folha de S.Paulo

Definitivamente, o cantor e compositor Sting, 49, há quase duas semanas no Brasil, já pegou o espírito do país.

Em entrevista ontem à tarde no Rio, Sting, que encerra hoje a primeira noite do Rock in Rio, disse ter achado "muito interessante" ler nos jornais brasileiros que Ronaldo, "o melhor jogador de vocês", foi convocado pela CPI da CBF/Nike para explicar porque o Brasil perdeu a
Copa do Mundo.

"E gostei mais ainda da resposta dele, dizendo que vocês perderam porque eles (os franceses) fizeram três gols."

"Só mesmo aqui no Brasil. Alan Shearer (ex-capitão da seleção inglesa) nunca seria chamado pelo governo para explicar uma derrota. Até porque perdemos sempre", disse o cantor.

Para o show de hoje à noite, Sting disse que fará um apanhado geral de sua carreira.

"Terei duas horas, então posso apresentar um pouco de tudo o que já produzi", afirmou.

Para o músico, o público brasileiro tem um alto nível de compreensão de
ritmos, harmonias e melodias sofisticadas. Por isso, para o artista, há grande gratificação em fazer uma apresentação no país.

"Se o público responde bem, com entusiasmo, é muito gratificante, porque ele é muito sofisticado", disse.

Durante a entrevista, Sting fez uma crítica ao slogan do festival ("Por um mundo melhor").

"É muito idealista. Não é um slogan que eu usaria para mim mesmo, mas, já que estou aqui, vou apoiá-lo."

Diversão de estrela
O cantor e compositor parecia se divertir com a entrevista coletiva, respondendo com ironia a diversas perguntas -poucas delas relativas a seu trabalho e à apresentação de hoje à noite.

A um jornalista que perguntou se o cacique Raoni viria ao Rio, respondeu que "não, ele não gosta de rock".

Logo depois, ao ouvir um telefone celular tocando, arregalou os olhos e perguntou: "Será que é o presidente? Deve ser importante".

Gafe
Depois, brincou com as intérpretes que o acompanhavam e que por diversas vezes se atrapalharam nas traduções.

"Você quer ajuda?", perguntou a uma delas, paciente.
Talvez perdesse a paciência se tivesse percebido que, ao traduzir para um jornalista chileno suas declarações sobre o motivo que o levaram a compor "They Dance Alone" (em referência aos desaparecidos durante o regime militar do país), uma delas tivesse dito que "ninguém tem o direito de torturá-lo", referindo-se ao general Augusto Pinochet.

O que Sting havia dito é que "ele não tinha o direito de torturar ninguém".
 

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