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19/01/2001
-
05h04
da Folha de S.Paulo
"O dia do heavy metal no Rock in Rio será o maior de todos." Quem afirma é o cantor Rob Halford, ex-integrante do Judas Priest, um dos maiores grupos da "new wave of british metal" - a "nova onda do metal britânico", como ficou conhecida a geração de grupos do gênero surgida na Inglaterra no final dos anos 70, que sucedeu bandas como Black Sabbath, Led Zeppelin e Deep Purple e tem como representante mais famoso
o Iron Maiden, que também se apresenta hoje na Cidade do Rock.
Halford, que falou com a Folha por telefone de Santiago, no Chile, onde tocou com o Iron Maiden na última segunda-feira, está retornando aos grandes shows de arena -o vocalista vem abrindo os shows da turnê do Maiden desde junho do ano passado, que já passou pela Europa, pelos Estados Unidos e agora se encerra na América Latina.
"A última vez em que cantei para uma platéia tão grande foi com o Judas Priest, durante a turnê do disco "Painkiller", no início dos anos 90, época do segundo Rock in Rio", conta.
O show de hoje "vai ser incrível", segundo ele. "Este festival tem um tipo de atmosfera especial. As pessoas vêm de todos os lugares, é um sentimento diferente. Isso te deixa louco, sabe?"
Além de apresentar alguns clássicos do Judas Priest, Halford vai mostrar músicas do disco de sua nova banda -prestes a ser lançado no Brasil-, que tem o seu nome. "É metal tradicional de verdade", afirma ele. "Tem experiências com várias sonoridades, uma mistura de diferentes atmosferas, desde faixas rápidas e pesadas até um verdadeiro épico metal, de oito minutos de duração. É muito legal."
O cantor diz estar entusiasmado com os outros shows pesados do festival, especialmente com o do brasileiro Sepultura.
"Conversei com o Paulo (baixista do grupo mineiro) pela Internet quando eles estavam no estúdio, preparando o novo álbum", conta. "Estou ansioso para ouvir as músicas novas. Somos bons amigos, e pode apostar que vou assistir ao show deles do lado do palco", diz.
Segundo ele, os shows do Iron Maiden e do Queens of the Stone Age também empolgarão o fanático público metaleiro.
Ele apenas lamenta a ausência da banda norte-americana Deftones na noite metal -o grupo do vocalista Chino Moreno, integrante da cena "nu-metal" dos Estados Unidos, encabeçada pelo Korn e pelo Limp Bizkit, toca no domingo, último dia do Rock in Rio 3.
Mas Halford diz não gostar tanto assim dessas novas bandas dos Estados Unidos e externa sua preferência por grupos europeus que se mantêm fincados às raízes do estilo. "Gosto de bandas como o Gamma Ray", afirma. "Outra banda excelente é a Soilworks, um grupo da Suécia que faz metal mais tradicional."
Halford também mostra seu apreço por bandas que praticam os estilos mais radicais do metal, como o black metal -que cultua o capeta. "O Emperor é um dos meus favoritos. Também gosto demais do Craddle of Filth, do Obituary e de muitos outros."
(MARCELO VALLETTA)
Leia mais notícias do Rock in Rio 3
Rob Halford, ex-Judas Priest, volta aos grandes shows de arena
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"O dia do heavy metal no Rock in Rio será o maior de todos." Quem afirma é o cantor Rob Halford, ex-integrante do Judas Priest, um dos maiores grupos da "new wave of british metal" - a "nova onda do metal britânico", como ficou conhecida a geração de grupos do gênero surgida na Inglaterra no final dos anos 70, que sucedeu bandas como Black Sabbath, Led Zeppelin e Deep Purple e tem como representante mais famoso
o Iron Maiden, que também se apresenta hoje na Cidade do Rock.
Halford, que falou com a Folha por telefone de Santiago, no Chile, onde tocou com o Iron Maiden na última segunda-feira, está retornando aos grandes shows de arena -o vocalista vem abrindo os shows da turnê do Maiden desde junho do ano passado, que já passou pela Europa, pelos Estados Unidos e agora se encerra na América Latina.
"A última vez em que cantei para uma platéia tão grande foi com o Judas Priest, durante a turnê do disco "Painkiller", no início dos anos 90, época do segundo Rock in Rio", conta.
O show de hoje "vai ser incrível", segundo ele. "Este festival tem um tipo de atmosfera especial. As pessoas vêm de todos os lugares, é um sentimento diferente. Isso te deixa louco, sabe?"
Além de apresentar alguns clássicos do Judas Priest, Halford vai mostrar músicas do disco de sua nova banda -prestes a ser lançado no Brasil-, que tem o seu nome. "É metal tradicional de verdade", afirma ele. "Tem experiências com várias sonoridades, uma mistura de diferentes atmosferas, desde faixas rápidas e pesadas até um verdadeiro épico metal, de oito minutos de duração. É muito legal."
O cantor diz estar entusiasmado com os outros shows pesados do festival, especialmente com o do brasileiro Sepultura.
"Conversei com o Paulo (baixista do grupo mineiro) pela Internet quando eles estavam no estúdio, preparando o novo álbum", conta. "Estou ansioso para ouvir as músicas novas. Somos bons amigos, e pode apostar que vou assistir ao show deles do lado do palco", diz.
Segundo ele, os shows do Iron Maiden e do Queens of the Stone Age também empolgarão o fanático público metaleiro.
Ele apenas lamenta a ausência da banda norte-americana Deftones na noite metal -o grupo do vocalista Chino Moreno, integrante da cena "nu-metal" dos Estados Unidos, encabeçada pelo Korn e pelo Limp Bizkit, toca no domingo, último dia do Rock in Rio 3.
Mas Halford diz não gostar tanto assim dessas novas bandas dos Estados Unidos e externa sua preferência por grupos europeus que se mantêm fincados às raízes do estilo. "Gosto de bandas como o Gamma Ray", afirma. "Outra banda excelente é a Soilworks, um grupo da Suécia que faz metal mais tradicional."
Halford também mostra seu apreço por bandas que praticam os estilos mais radicais do metal, como o black metal -que cultua o capeta. "O Emperor é um dos meus favoritos. Também gosto demais do Craddle of Filth, do Obituary e de muitos outros."
(MARCELO VALLETTA)
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