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19/01/2001
-
23h19
CARLA NASCIMENTO
da Folha Online, no Rio
Com raríssimas exceções, quem veio ao Rock in Rio hoje tem apenas um objetivo: assistir, pular e soltar os bichos com o som do Iron Maiden. Mas ver e ouvir Iron Maiden não é apenas ir a um show, mas participar de um verdeiro evento. E a ocasião exigiu um verdadeiro ritual.
Camiseta preta com estampa da banda favorita não podia faltar. Cabelos compridos e desarrumados, um jeans desbotado, de preferência sujo e rasgado, também vai bem. Para completar, se tiver uma bota de couro o conjunto fica perfeito. Pois foi com esse figurino que as cerca de 100 mil pessoas vieram hoje à Cidade do Rock.
E o calor de 40 graus que fez hoje no começo da tarde quando os portões da Cidade do Rock se abriram? O público metaleiro simplesmente ignorou.
Sabia-se quais as bandas preferidas pela quantidade de camisetas à venda nos portões da Cidade do Rock - para os metaleiros de última hora - e pelos que desfilavam mostrando na estampa a que "tribo" pertenciam.
Os campeões na preferência do público eram os donos da noite, o Iron Maiden, mas o Sepultura também tem seus seguidores fanáticos.
Mas se a banda preferida não está na programação do festival não tem problema, vale o registro. Assim, também pode-se ver muita gente com camisetas do Nirvana, do Kiss, do AC/DC e do Led Zeppelin. Ah! Simplesmente exibir figuras bizarras e demoníacas também vale.
A estudante Aracy Santos, 22, que veio de Brasília só para assistir ao show do Iron Maiden era uma das adeptas do visual metaleiro de hoje. Vestindo roupa preta e calçando botas de couro até os joelhos, ela disse que adotou o preto desde que tinha 12 anos de idade. Para Andréia Reis, 21, que adotou o mesmo visual, o que atrapalha é o calor do verão carioca. "No verão metaleiro sofre".
A geração mais antiga já não quer sofrer para mostrar qual é sua praia. Com um visual mais para hippie dos anos 70, a modista Marlene Valente, 38, parecia ter errado de show. Mas completamente por dentro do mundo heavy metal, Marlene, que participou das duas edições anteriores do festival e foi à Cidade do Rock para assistir ao show do Iron Maiden, explica sua opção por um visal mais leve. "O pessoal acha que metaleiro tem que vestir preto. Essa roupa preta não tem nada a ver com o verão carioca e eu não vou maltratar meu corpo por causa de modismo".
Leia mais notícias do Rock in Rio 3
Metaleiro sofre para mostrar a que "tribo" pertence
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da Folha Online, no Rio
Com raríssimas exceções, quem veio ao Rock in Rio hoje tem apenas um objetivo: assistir, pular e soltar os bichos com o som do Iron Maiden. Mas ver e ouvir Iron Maiden não é apenas ir a um show, mas participar de um verdeiro evento. E a ocasião exigiu um verdadeiro ritual.
Camiseta preta com estampa da banda favorita não podia faltar. Cabelos compridos e desarrumados, um jeans desbotado, de preferência sujo e rasgado, também vai bem. Para completar, se tiver uma bota de couro o conjunto fica perfeito. Pois foi com esse figurino que as cerca de 100 mil pessoas vieram hoje à Cidade do Rock.
E o calor de 40 graus que fez hoje no começo da tarde quando os portões da Cidade do Rock se abriram? O público metaleiro simplesmente ignorou.
Sabia-se quais as bandas preferidas pela quantidade de camisetas à venda nos portões da Cidade do Rock - para os metaleiros de última hora - e pelos que desfilavam mostrando na estampa a que "tribo" pertenciam.
Os campeões na preferência do público eram os donos da noite, o Iron Maiden, mas o Sepultura também tem seus seguidores fanáticos.
Mas se a banda preferida não está na programação do festival não tem problema, vale o registro. Assim, também pode-se ver muita gente com camisetas do Nirvana, do Kiss, do AC/DC e do Led Zeppelin. Ah! Simplesmente exibir figuras bizarras e demoníacas também vale.
A estudante Aracy Santos, 22, que veio de Brasília só para assistir ao show do Iron Maiden era uma das adeptas do visual metaleiro de hoje. Vestindo roupa preta e calçando botas de couro até os joelhos, ela disse que adotou o preto desde que tinha 12 anos de idade. Para Andréia Reis, 21, que adotou o mesmo visual, o que atrapalha é o calor do verão carioca. "No verão metaleiro sofre".
A geração mais antiga já não quer sofrer para mostrar qual é sua praia. Com um visual mais para hippie dos anos 70, a modista Marlene Valente, 38, parecia ter errado de show. Mas completamente por dentro do mundo heavy metal, Marlene, que participou das duas edições anteriores do festival e foi à Cidade do Rock para assistir ao show do Iron Maiden, explica sua opção por um visal mais leve. "O pessoal acha que metaleiro tem que vestir preto. Essa roupa preta não tem nada a ver com o verão carioca e eu não vou maltratar meu corpo por causa de modismo".
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