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20/01/2001
-
05h24
ANDRÉ BARCINSKI, especial para a Folha
Se Neil Young repetir hoje no Rock in Rio a performance que fez na noite de quinta no Campo de Polo, em Buenos Aires, o público brasileiro pode se preparar para um dos melhores shows de rock que já passaram pelo país.
Fechando o Buenos Aires Hot Festival, um evento de três dias que contou ainda com Beck, REM e Oasis, Neil Young e sua banda de apoio predileta, a Crazy Horse, fizeram um daqueles shows que nunca serão esquecidos.
Para esta pequena turnê, Young convocou a Crazy Horse, banda que o acompanha esporadicamente há mais de 30 anos e com quem gravou alguns de seus discos clássicos, como "Tonight's the Night" (1975), "Zuma" (1975), "Rust Never Sleeps" (1979) e "Ragged Glory" (1990). Formada pelo baixista Billy Talbot, o baterista Ralph Molina e o guitarrista de nome mais bacana do planeta, Poncho Sampedro, a Crazy Horse é a maior banda de bar da história, três caipiras enfezados que fazem barulho como ninguém.
O show começou a mil por hora, com "Sedan Delivery" e uma versão absurdamente distorcida de "Hey Hey My My (Into the Black)", homenagem a Johnny Rotten e aos Sex Pistols. A banda emendou "Love and Only Love", "Cinnamon Girl", "Fuckin" Up", "Cortez the Killer" e "Like a Hurricane", antes de encerrar a primeira parte do show com uma linda "Rockin" in the Free World".
No bis, Young voltou sozinho e tocou "The Needle and the Damage Done", homenagem aos amigos mortos por overdose. Depois chamou a Crazy Horse de volta e emendou "Down by the River", que terminou com uns dez minutos de microfonia, com Young em transe, tirando barulhos impossíveis de sua
surrada guitarra Les Paul preta.
O show "oficial" havia terminado, mas a melhor parte ainda estava por vir. Saindo do palco, Young ouviu alguém da platéia pedindo uma música. Fez um sinal de positivo, convocou a banda e tocou a raríssima "Roll Another Number (For the Road)". A banda saiu. Quando metade da platéia já estava no estacionamento, Young e Crazy Horse voltaram.
O som do estádio já estava desligado, mas Young ordenou que os "roadies" virassem os monitores do palco na direção do público e comandou a banda numa versão acachapante de "Powderfinger".
Havia fãs chorando. Foi lindo.
André Barcinski é editor-chefe do site El Foco (www.elfoco.com)
Leia mais notícias do Rock in Rio 3
Neil Young: Show de Buenos Aires pode ser prévia do que vem por aí
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Se Neil Young repetir hoje no Rock in Rio a performance que fez na noite de quinta no Campo de Polo, em Buenos Aires, o público brasileiro pode se preparar para um dos melhores shows de rock que já passaram pelo país.
Fechando o Buenos Aires Hot Festival, um evento de três dias que contou ainda com Beck, REM e Oasis, Neil Young e sua banda de apoio predileta, a Crazy Horse, fizeram um daqueles shows que nunca serão esquecidos.
Para esta pequena turnê, Young convocou a Crazy Horse, banda que o acompanha esporadicamente há mais de 30 anos e com quem gravou alguns de seus discos clássicos, como "Tonight's the Night" (1975), "Zuma" (1975), "Rust Never Sleeps" (1979) e "Ragged Glory" (1990). Formada pelo baixista Billy Talbot, o baterista Ralph Molina e o guitarrista de nome mais bacana do planeta, Poncho Sampedro, a Crazy Horse é a maior banda de bar da história, três caipiras enfezados que fazem barulho como ninguém.
O show começou a mil por hora, com "Sedan Delivery" e uma versão absurdamente distorcida de "Hey Hey My My (Into the Black)", homenagem a Johnny Rotten e aos Sex Pistols. A banda emendou "Love and Only Love", "Cinnamon Girl", "Fuckin" Up", "Cortez the Killer" e "Like a Hurricane", antes de encerrar a primeira parte do show com uma linda "Rockin" in the Free World".
No bis, Young voltou sozinho e tocou "The Needle and the Damage Done", homenagem aos amigos mortos por overdose. Depois chamou a Crazy Horse de volta e emendou "Down by the River", que terminou com uns dez minutos de microfonia, com Young em transe, tirando barulhos impossíveis de sua
surrada guitarra Les Paul preta.
O show "oficial" havia terminado, mas a melhor parte ainda estava por vir. Saindo do palco, Young ouviu alguém da platéia pedindo uma música. Fez um sinal de positivo, convocou a banda e tocou a raríssima "Roll Another Number (For the Road)". A banda saiu. Quando metade da platéia já estava no estacionamento, Young e Crazy Horse voltaram.
O som do estádio já estava desligado, mas Young ordenou que os "roadies" virassem os monitores do palco na direção do público e comandou a banda numa versão acachapante de "Powderfinger".
Havia fãs chorando. Foi lindo.
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