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22/01/2001 - 04h40

"O Pequeno Príncipe" terá ajuda brasileira

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CLAUDIA ASSEF, da Folha de S.Paulo

Depois de bater recordes de bilheteria na Europa com o musical "Notre Dame de Paris", o produtor francês Victor Bosch foi buscar no Brasil uma mãozinha para tentar emplacar outro "blockbuster" com a versão de "O Pequeno Príncipe", que deverá estrear na França, em formato de musical, em setembro de 2002.

Bosch convidou o núcleo de criação do Grupo Corpo, de Minas Gerais, para cuidar da direção, cenografia, coreografia e iluminação do espetáculo, que será encenado pela primeira vez no teatro.

Para bater o martelo, Bosch só aguarda um sim definitivo da família Saint-Exupéry, que nunca deu sinal verde para encenar o texto mais famoso do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944).

O produtor aposta no talento dos mineiros para transpor a história do príncipe meiguinho para os palcos.

"Quero repetir o que aconteceu com "Notre Dame'", disse à Folha o produtor. "Na ocasião, consegui reunir profissionais refinados, de qualidade, para produzir um musical popular. O popular é nobre também."

No que depender do pessoal do Corpo, a empreitada já está aceita. "No começo, ficamos meio ressabiados com a idéia de fazer algo tão gigantesco", disse Paulo Pederneiras, um dos fundadores do grupo. "Mas logo percebemos que seria uma experiência muito bacana para nós", completou.

O Corcunda
Baseado no livro "O Corcunda de Notre Dame", de Victor Hugo, o musical "Notre Dame de Paris" começou sua carreira arrebatadora em setembro de 98 na França e, dois anos depois, já contava cerca de 3 milhões de espectadores nos países onde foi encenado -Bélgica, França, Suíça e Canadá.

Atualmente, a peça está em cartaz em Londres, em versão em inglês. Seus ingressos são igualmente disputados na terra da rainha.

Os CDs e DVDs com a trilha sonora do espetáculo já venderam mais de 10 milhões de cópias na Europa e no Canadá. Só na França, o CD permaneceu durante 17 semanas no topo da lista dos mais vendidos. Detalhe: a versão inglesa do CD traz a participação da "titânica" Celine Dion.

Os atores que encarnaram os personagens da peça viraram verdadeiras estrelas na França. Em poucas palavras, "Notre Dame" tornou-se um produto mega no sentido mais amplo da palavra no mercado europeu.

Rock progressivo e balé
Ex-integrante de uma banda de rock progressivo nos anos 80 (alguém já ouviu falar no grupo Pulsar?), Victor Bosch é considerado hoje um midas da produção teatral na Europa.

"Acho que minhas produções dão certo porque levo a qualidade realmente a sério", diz. Depois de gravar cinco discos com a banda Pulsar, Bosch resolveu que seu lugar era atrás dos palcos e não sobre eles.

O produtor diz que só vai manter o compositor Richard Cocciante ("um dos maiores mestres da canção da atualidade") da equipe de "Notre Dame" na adaptação de "O Pequeno Príncipe".

Com o Grupo Corpo, Bosch pretende dar um toque brasileiro à fábula de Saint-Exupéry.

"A mistura de modernidade e de elementos brasileiros que eles conseguem criar é fantástica", elogia o produtor.

Para Paulo Pederneiras, trabalhar num musical dessa dimensão na Europa será uma experiência criativa importantíssima.

O Grupo Corpo Companhia de Dança, fundado pelos irmãos Paulo e Rodrigo Pederneiras, existe há 25 anos, tempo em que conseguiu se tornar conhecido e respeitado internacionalmente.

Além do coreógrafo Rodrigo Pederneiras e de Paulo, que se encarrega da direção artística, iluminação e cenário dos espetáculos, o núcleo de criação do grupo inclui os figurinistas Fernando Velloso e Freusa Zechmeister.
 

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