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30/01/2001
-
04h49
SÉRGIO DÁVILA
da Folha de S.Paulo
Está mais show e menos realidade o suposto "show de realidade" ("reality show") "Survivor 2", continuação do inspirador de "No Limite" que estreou anteontem à noite nos Estados Unidos.
Estão lá a bonitinha, o bronco, o oportunista, a sensível, o esportista
e até mesmo uma carcereira, Debb, de dar um pouco de medo, mas que foi a primeira a ser expulsa pelos companheiros.
O problema é que os 32 participantes já sabem que vão virar celebridades nacionais. Que vão ganhar sites piratas na Internet. Que serão capa dos tablóides (aliás, parece que uma das meninas fez pornô-soft antes da fama). Ou seja: diminuiu a graça.
Assim como a versão brasileira, há algumas diferenças entre "Survivor 1" e "2". O cenário agora é o deserto australiano, os participantes são mais "malhados", bonitos e menos pudicos. Além disso, o dia normal de exibição passou a ser quinta à noite, para brigar diretamente com o campeão "Friends", da NBC.
Pelo menos no primeiro capítulo não deu para perceber se há algum gay nudista, o participante mais carismático da série original. Tanto que seu criador, Richard Hatch, venceu o jogo. E virou até verbo nessa continuação. "To hatch" passou a ser sinônimo de fazer alianças e manipular.
"Survivor 2" vem coroar o que está sendo chamado de "segunda onda" do "reality show" na TV norte-americana. O boom atual é liderado pelo caliente "Temptation Island", que a Fox exibe às quartas-feiras a uma audiência de 18 milhões de telespectadores por semana, a líder do horário.
Junta quatro casais de namorados numa ilha paradisíaca do Caribe que devem resistir até o final sem trair seu par. Para garantir que a fraqueza ocorra, a produção selecionou 26 homens e mulheres solteiros de acordo com as preferências dos casais, que irão flertar até o limite do bom gosto.
Claro que várias entidades conservadoras estão crucificando o programa, assim como algumas retransmissoras de cidades menores, que cancelaram a exibição. Bobagem. O seriado é tão nocivo para a moral americana quanto o fim do casamento de Meg Ryan.
Além dele, há "The Mole", na ABC, chatíssimo, em que os dez participantes devem cumprir tarefas detetivescas e descobrir quem é o traidor entre eles.
E não deve parar aí. Para a maioria dos telespectadores, a realidade da
TV ainda é mais interessante do que a da vida real.
Leia mais notícias sobre o programa "No Limite"
"Survivor 2" é mais show e menos realidade
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da Folha de S.Paulo
Está mais show e menos realidade o suposto "show de realidade" ("reality show") "Survivor 2", continuação do inspirador de "No Limite" que estreou anteontem à noite nos Estados Unidos.
Estão lá a bonitinha, o bronco, o oportunista, a sensível, o esportista
e até mesmo uma carcereira, Debb, de dar um pouco de medo, mas que foi a primeira a ser expulsa pelos companheiros.
O problema é que os 32 participantes já sabem que vão virar celebridades nacionais. Que vão ganhar sites piratas na Internet. Que serão capa dos tablóides (aliás, parece que uma das meninas fez pornô-soft antes da fama). Ou seja: diminuiu a graça.
Assim como a versão brasileira, há algumas diferenças entre "Survivor 1" e "2". O cenário agora é o deserto australiano, os participantes são mais "malhados", bonitos e menos pudicos. Além disso, o dia normal de exibição passou a ser quinta à noite, para brigar diretamente com o campeão "Friends", da NBC.
Pelo menos no primeiro capítulo não deu para perceber se há algum gay nudista, o participante mais carismático da série original. Tanto que seu criador, Richard Hatch, venceu o jogo. E virou até verbo nessa continuação. "To hatch" passou a ser sinônimo de fazer alianças e manipular.
"Survivor 2" vem coroar o que está sendo chamado de "segunda onda" do "reality show" na TV norte-americana. O boom atual é liderado pelo caliente "Temptation Island", que a Fox exibe às quartas-feiras a uma audiência de 18 milhões de telespectadores por semana, a líder do horário.
Junta quatro casais de namorados numa ilha paradisíaca do Caribe que devem resistir até o final sem trair seu par. Para garantir que a fraqueza ocorra, a produção selecionou 26 homens e mulheres solteiros de acordo com as preferências dos casais, que irão flertar até o limite do bom gosto.
Claro que várias entidades conservadoras estão crucificando o programa, assim como algumas retransmissoras de cidades menores, que cancelaram a exibição. Bobagem. O seriado é tão nocivo para a moral americana quanto o fim do casamento de Meg Ryan.
Além dele, há "The Mole", na ABC, chatíssimo, em que os dez participantes devem cumprir tarefas detetivescas e descobrir quem é o traidor entre eles.
E não deve parar aí. Para a maioria dos telespectadores, a realidade da
TV ainda é mais interessante do que a da vida real.
Leia mais notícias sobre o programa "No Limite"
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