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31/01/2001 - 04h23

Fashion Week terá desfiles que mostram dos Andes ao cangaço

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ERIKA PALOMINO, colunista da Folha
JACKSON ARAUJO, especial para a Folha

A moda volta hoje ao foco das atenções no Brasil. Alheia ao fantasma da recessão americana que assusta também o mundo fashion, à crise criativa no prêt-à-porter mundial e às disputas dos megaconglomerados (Gucci, LVMH), o cenário fashion brasileiro vive momento de consolidação e ânimo. Aquecida pela recuperação econômica, pela modernização do parque têxtil, pelo interesse internacional diante de personagens e estilos locais, a décima temporada de lançamentos em São Paulo começa hoje como se tivesse passado por um banho de loja.

Apesar de ainda estar na memória o MorumbiFashion Brasil, o evento ganha agora o nome de São Paulo Fashion Week e troca endereços e verba do shopping por uma alinhada montagem no prédio da Fundação Bienal, que sedia 24 desfiles até o dia 5 de fevereiro, só para convidados.

Como novidades oficiais, a entrada de uma marca argentina, a dupla Trosman Churba (visando despertar o interesse da América Latina), e dos jovens criadores Ronaldo Fraga e Carla Fincato, para Carlota Joaquina.

A presença de mídia internacional continua e pela primeira vez há compradores estrangeiros (Saks, Galerie Lafayette) na primeira fila.
Tomara que desta vez o casting dos convidados seja mais assíduo aos desfiles e showrooms e menos às festas e badalações. A presença internacional agita as grifes locais, que parecem ver como saída para a moda brasileira o caminho do aeroporto.

Tudo isso serve para consolidar o estilo brasileiro. Os criadores se preocupam em criar cada vez mais uma identidade própria, apostando em temas muitas vezes inusitados (seria esse inverno 2001 o fim da cultura da cópia?).

Claro, as tendências estão no ar (anos 80, militarismo, preppy chic...), e o preto -clássico de inverno- deverá ser a cor estrela, com vermelho, branco e marrom.

Mas as inspirações dos estilistas vão desde "uma fuga", para Reinaldo Lourenço ("É como se uma mulher estivesse fugindo; ela pega a primeira peça que encontra e vai"), a "conflitos ortodoxos", para Ronaldo Fraga ("Perfume dos anos 30, gosto de anos 40 e espirro dos 50"), e o cangaço, para a Forum. O universo infantil vem em Marcelo Sommer, Carlota Joaquina (o "Pequeno Príncipe" num cenário urbano) e Harry Potter, na G de Glória Coelho (influenciada pela leitura do filho, Pedro, que também quer ser estilista).

Walter Rodrigues trata dos "Homens Que Vivem Perto de Deus" -os habitantes das montanhas peruanas-, enquanto Renato Loureiro olha para os Andes.

  • Desfiles de hoje: Equilíbrio (15h - Sala Branca); M.Officer (16h30 - Sala Verde); Alexandre Herchcovitch (18h - Sala Azul); Ellus (19h30 - Sala Amarela). Todos os desfiles acontecem no prédio da Fundação Bienal (parque Ibirapuera, zona sudoeste de São Paulo)

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