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17/05/2002 - 14h04

Computador trará inteligência artificial para o dia-a-dia

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da Agência Lusa

Depois que o Deep Blue da IBM ganhou uma partida de xadrez do então campeão do mundo Gary Kasparov em 1997 e os supercomputadores ajudaram os cientistas a desvendar os contornos do genoma humano, as máquinas estão cada vez mais próximas da inteligência artificial e também do dia-a-dia de milhões de pessoas no mundo.

"A inteligência artificial e o computador têm dado pequenos passos na análise inteligente de dados, para identificar padrões em grandes quantidades de informação, e também nos sistemas integrados de visão e controle, que permitem por exemplo a navegação autônoma de um carro na estrada", afirma Alípio Jorge, vice-presidente da Associação Portuguesa para a Inteligência Artificial.

Segundo ele, o objetivo principal da inteligência artificial —o de simular a própria mente humana— levará à construção de máquinas inteligentes, que vão interagir com as pessoas.

Isso porque, depois de uma empolgação inicial —que deu lugar à frustração, com a percepção da ambição exagerada em simular uma mente humana—, a tendência que rege atualmente os trabalhos em torno da inteligência artificial é a do pragmatismo, abordando problemas concretos e mostrando-se social e economicamente útil.

"O xadrez foi durante muitos anos o domínio por excelência da aplicação das metodologias de inteligência artificial. No entanto, após a vitória do Deep Blue sobre Kasparov, novos domínios mais estimulantes e complexos tornaram-se necessários", explica Luís Paulo Reis, da Universidade do Porto.

É neste contexto que surgiu o futebol de robôs.

"O futebol de robôs constitui um domínio bem mais complexo que o do xadrez. Uma das principais diferenças reside no fato do seu ambiente ser dinâmico. No xadrez, todos os objetos estão parados e as jogadas são alternadas, não há interação entre as equipes adversárias", disse Reis, um dos coordenadores da equipe nacional de futebol robótico de Portugal.

Os problemas de investigação colocados pelo futebol robótico cobrem uma área mais ampla, como coordenação, cooperação e comunicação entre máquinas, arquiteturas de agentes inteligentes, aprendizagem, planeamento em tempo real, decisão estratégica e tática, comportamento reativo, visão, processamento e análise de imagem, controle, locomoção e sistemas sensoriais.

Portugal é já bicampeão europeu e campeão mundial em futebol robótico, uma competição cujo grande objetivo é desenvolver, até 2050, uma equipa de humanóides completamente autônomos, capazes de vencer a equipe campeã mundial da modalidade.

O objetivo é que, no futuro, essas máquinas sejam utilizadas para realizar salvamentos em grandes catástrofes e efetuar a limpeza de minas e de lixo tóxico em grandes superfícies", disse Reis.

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