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18/07/2002
-
17h07
da Folha Online
Duelo de gigantes é uma boa expressão para definir o embate entre as grandes empresas de tecnologia, estúdios de cinema e empresas de mídia em geral sobre a pirataria na internet. Do debate, resultará o futuro da web como meio de distribuição de mídia.
Na segunda-feira, executivos das gigantes da computação —Steve Ballmer, da Microsoft; Michael Dell, da Dell; e Craig Barret, da Intel— mandaram uma carta para alguns grandes da indústria do entretenimento dizendo que não vão criar tecnologias que impeçam internautas de copiar e reproduzir mídia digital.
A mensagem foi uma resposta a outra carta, de executivos da Disney e da News Corporation, que pedia urgência na criação de tecnologia que evitasse a cópia livre de filmes, músicas e outros conteúdos.
Batata quente
O debate teve início em fevereiro, quando as grandes empresas de tecnologia pediram à indústria de entretenimento apoio para a criação de padrões seguros de distribuição de mídia pela internet.
Todo esforço resultou numa sigla —mais uma sigla para o mundo da computação, e em inglês, para variar. DRM (Digital Rights Management), ou gerenciamento de direitos autorais.
O pedido foi endereçado à Vivendi Universal, à Disney e à News Corporation, entre outros. Na época, as empresas de tecnologia prometiam criar um padrão de segurança para preservar direitos e marcas na troca de conteúdo on-line.
Em abril, executivos dessas empresas responderam dizendo que cooperariam, mas somente se a indústria da tecnologia conseguisse segurar as rédeas da tecnologia conhecida por P2P (Peer to Peer, ou par a par).
Tradução: a indústria cultural queria que os fabricantes de computadores e software barrassem a prática de troca de músicas e filmes pela internet, cujo ícone foi o Napster e os representantes ainda vivos são KaZaA, Morpheus e Grokster.
"Essa prática [a troca de arquivos] prejudica locadoras e outras lojas de entretenimento, além de desencorajarem serviços legítimos na internet, que não podem vender acesso a filmes e músicas que já estão disponíveis de graça", escreveram os executivos da Vivendi, da Disney e da News Corporation.
A indústria da tecnologia, no entanto, não está pronta para barrar a onda da troca gratuita de arquivos. "A tecnologia P2P constitui a base da tecnologia computacional hoje e é crítica para avanços de produtividade em nossa economia", escreveram Ballmer, Dell e Barret na carta aberta de segunda-feira.
Jennifer Greeson, porta-voz dos executivos de tecnologia, disse esperar que o debate continue. "Esse vai ser um processo contínuo", disse.
Enquanto isso, cerca de dois milhões de internautas continuam trocando músicas, filmes e software e simultaneamente na rede do KaZaA, o maior programa P2P da atualidade.
com France Presse
Pirataria esquenta debate entre indústria do PC e Hollywood
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Duelo de gigantes é uma boa expressão para definir o embate entre as grandes empresas de tecnologia, estúdios de cinema e empresas de mídia em geral sobre a pirataria na internet. Do debate, resultará o futuro da web como meio de distribuição de mídia.
Na segunda-feira, executivos das gigantes da computação —Steve Ballmer, da Microsoft; Michael Dell, da Dell; e Craig Barret, da Intel— mandaram uma carta para alguns grandes da indústria do entretenimento dizendo que não vão criar tecnologias que impeçam internautas de copiar e reproduzir mídia digital.
A mensagem foi uma resposta a outra carta, de executivos da Disney e da News Corporation, que pedia urgência na criação de tecnologia que evitasse a cópia livre de filmes, músicas e outros conteúdos.
Batata quente
O debate teve início em fevereiro, quando as grandes empresas de tecnologia pediram à indústria de entretenimento apoio para a criação de padrões seguros de distribuição de mídia pela internet.
Todo esforço resultou numa sigla —mais uma sigla para o mundo da computação, e em inglês, para variar. DRM (Digital Rights Management), ou gerenciamento de direitos autorais.
O pedido foi endereçado à Vivendi Universal, à Disney e à News Corporation, entre outros. Na época, as empresas de tecnologia prometiam criar um padrão de segurança para preservar direitos e marcas na troca de conteúdo on-line.
Em abril, executivos dessas empresas responderam dizendo que cooperariam, mas somente se a indústria da tecnologia conseguisse segurar as rédeas da tecnologia conhecida por P2P (Peer to Peer, ou par a par).
Tradução: a indústria cultural queria que os fabricantes de computadores e software barrassem a prática de troca de músicas e filmes pela internet, cujo ícone foi o Napster e os representantes ainda vivos são KaZaA, Morpheus e Grokster.
"Essa prática [a troca de arquivos] prejudica locadoras e outras lojas de entretenimento, além de desencorajarem serviços legítimos na internet, que não podem vender acesso a filmes e músicas que já estão disponíveis de graça", escreveram os executivos da Vivendi, da Disney e da News Corporation.
A indústria da tecnologia, no entanto, não está pronta para barrar a onda da troca gratuita de arquivos. "A tecnologia P2P constitui a base da tecnologia computacional hoje e é crítica para avanços de produtividade em nossa economia", escreveram Ballmer, Dell e Barret na carta aberta de segunda-feira.
Jennifer Greeson, porta-voz dos executivos de tecnologia, disse esperar que o debate continue. "Esse vai ser um processo contínuo", disse.
Enquanto isso, cerca de dois milhões de internautas continuam trocando músicas, filmes e software e simultaneamente na rede do KaZaA, o maior programa P2P da atualidade.
com France Presse
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