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21/08/2002
-
12h15
ANDRÉ BORGES
free-lance para a Folha Online
O discurso mudou no mercado de tecnologia da informação. Atualmente, pouco se fala em diferenciais frente à concorrência ou na necessidade de estar na vanguarda. A ordem tem sido aplicar dinheiro apenas naquilo que pode reter gastos, enxugar estruturas e base pré-existentes.
Essa realidade é reflexo na Comdex 2002. Entre os mais de 450 expositores, não faltam prestadores de serviços para integração de soluções que as empresas já possuam. Também se encontram fornecedores de infra-estruturas e aplicações em regime de terceirização, com a finalidade de evitar a necessidade das empresas em obter novos produtos.
Para Sérgio Lozinsky, consultor da PWC Consulting, as empresas passam por um momento de maturação de suas soluções. "Não se trata de trabalhar apenas sobre a estrutura que se tem, mas ainda há muitos benefícios a serem gerados e até entendidos em diversos produtos que uma dada companhia adotou", comenta.
Houve uma mudança de prioridades de investimentos relacionados à tecnologia. "Há três anos, diretores se encantavam com as soluções, todos foram e construíram seus sites, compraram produtos etc. Hoje há muito mais cautela", diz.
A crise econômica, de acordo com o executivo, fez com que o mercado passasse a cortar custos e isto atingiu a área de tecnologia da informação que, "muitas vezes, chegava a atingir até 7% do faturamento da empresa".
Na opinião de Lozinsky, os fornecedores precisam mudar suas estratégias para não perder espaço. "É preciso que os expositores da Comdex compreendam que não basta mais vender um produto. Eles precisam demonstrar ao mercado que suas ferramentas são necessárias. Daí ser bem natural o aumento de parcerias entre fabricantes e consultorias", avalia.
A indecisão financeira e a crise cambial do país só fazem por consolidar esta tendência. Nas grandes corporações, projetos estruturais como os de gestão empresarial, os chamados EPRs (Enterprise Resource Planning), já foram implementados.
Quanto às soluções de relacionamento com o cliente a realidade não é diferente. A Forrester estima que o faturamento com software de CRM (Costumer Relationship Management) cresça a uma taxa anual de apenas 11,5%. De acordo com analistas do instituto, 55% das companhias que implementarem as soluções deverão esperar pelo retorno do produto e não farão novos investimentos.
Segurança
Outra área de destaque nesta nova onda de negócios é segurança. Nomes como McAfee e Symantec marcam presença na feira. A primeira lança pacotes de serviços 3 em 1, com antivírus, firewall e proteção para computadores portáteis.
A Symantec também tratou de integrar funcionalidades e apresenta o Symantec Client Security, produto que oferece gerenciamento central para Antivirus, Firewall e Detecção de Intrusão para usuários de desktops e computadores remotos.
Entre as características do produto, está a ferramenta Digital Immune System, que verifica a existência de ameaças para a rede e faz a distribuição de vacinas para o computador afetado ou toda a empresa automaticamente. A solução faz ainda o controle de privacidade, que impede o acesso a informações confidenciais definidas pelo usuário.
Uma das razões do gerenciamento centralizado de várias tecnologias está na facilidade replicação das configurações, regras e atualização dos antivírus, firewall e detecção de intrusão, fazendo com que a empresa tenha redução de custos.
"Essa característica do produto, além de gerar economia para o cliente, facilita a manutenção da segurança do sistema", diz Vicente Lima, diretor-geral da Symantec do Brasil.
No congresso
As necessidades do mercado também ficam evidentes em diversos temas que estão sendo apresentados no congresso Comdex-Sucesu, que ocorre simultaneamente à feira.
O evento, com mais mais de 250 atividades, está recheado de assuntos relacionados a métodos de gestão de negócios, integração e segurança.
A programação possui temas como: Formas de revolucionar a integração de aplicações; Problemas de desempenho e Arquiteturas; Otimização de Processos e Sistemas Computacionais; Segurança em e-Business; Resolvendo Problemas de Performance em Aplicações; e Obtendo sucesso no projeto utilizando modelagem de negócios.
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Comdex marca retorno à realidade no mercado de tecnologia
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free-lance para a Folha Online
O discurso mudou no mercado de tecnologia da informação. Atualmente, pouco se fala em diferenciais frente à concorrência ou na necessidade de estar na vanguarda. A ordem tem sido aplicar dinheiro apenas naquilo que pode reter gastos, enxugar estruturas e base pré-existentes.
Essa realidade é reflexo na Comdex 2002. Entre os mais de 450 expositores, não faltam prestadores de serviços para integração de soluções que as empresas já possuam. Também se encontram fornecedores de infra-estruturas e aplicações em regime de terceirização, com a finalidade de evitar a necessidade das empresas em obter novos produtos.
Para Sérgio Lozinsky, consultor da PWC Consulting, as empresas passam por um momento de maturação de suas soluções. "Não se trata de trabalhar apenas sobre a estrutura que se tem, mas ainda há muitos benefícios a serem gerados e até entendidos em diversos produtos que uma dada companhia adotou", comenta.
Houve uma mudança de prioridades de investimentos relacionados à tecnologia. "Há três anos, diretores se encantavam com as soluções, todos foram e construíram seus sites, compraram produtos etc. Hoje há muito mais cautela", diz.
A crise econômica, de acordo com o executivo, fez com que o mercado passasse a cortar custos e isto atingiu a área de tecnologia da informação que, "muitas vezes, chegava a atingir até 7% do faturamento da empresa".
Na opinião de Lozinsky, os fornecedores precisam mudar suas estratégias para não perder espaço. "É preciso que os expositores da Comdex compreendam que não basta mais vender um produto. Eles precisam demonstrar ao mercado que suas ferramentas são necessárias. Daí ser bem natural o aumento de parcerias entre fabricantes e consultorias", avalia.
A indecisão financeira e a crise cambial do país só fazem por consolidar esta tendência. Nas grandes corporações, projetos estruturais como os de gestão empresarial, os chamados EPRs (Enterprise Resource Planning), já foram implementados.
Quanto às soluções de relacionamento com o cliente a realidade não é diferente. A Forrester estima que o faturamento com software de CRM (Costumer Relationship Management) cresça a uma taxa anual de apenas 11,5%. De acordo com analistas do instituto, 55% das companhias que implementarem as soluções deverão esperar pelo retorno do produto e não farão novos investimentos.
Segurança
Outra área de destaque nesta nova onda de negócios é segurança. Nomes como McAfee e Symantec marcam presença na feira. A primeira lança pacotes de serviços 3 em 1, com antivírus, firewall e proteção para computadores portáteis.
A Symantec também tratou de integrar funcionalidades e apresenta o Symantec Client Security, produto que oferece gerenciamento central para Antivirus, Firewall e Detecção de Intrusão para usuários de desktops e computadores remotos.
Entre as características do produto, está a ferramenta Digital Immune System, que verifica a existência de ameaças para a rede e faz a distribuição de vacinas para o computador afetado ou toda a empresa automaticamente. A solução faz ainda o controle de privacidade, que impede o acesso a informações confidenciais definidas pelo usuário.
Uma das razões do gerenciamento centralizado de várias tecnologias está na facilidade replicação das configurações, regras e atualização dos antivírus, firewall e detecção de intrusão, fazendo com que a empresa tenha redução de custos.
"Essa característica do produto, além de gerar economia para o cliente, facilita a manutenção da segurança do sistema", diz Vicente Lima, diretor-geral da Symantec do Brasil.
No congresso
As necessidades do mercado também ficam evidentes em diversos temas que estão sendo apresentados no congresso Comdex-Sucesu, que ocorre simultaneamente à feira.
O evento, com mais mais de 250 atividades, está recheado de assuntos relacionados a métodos de gestão de negócios, integração e segurança.
A programação possui temas como: Formas de revolucionar a integração de aplicações; Problemas de desempenho e Arquiteturas; Otimização de Processos e Sistemas Computacionais; Segurança em e-Business; Resolvendo Problemas de Performance em Aplicações; e Obtendo sucesso no projeto utilizando modelagem de negócios.
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