Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/09/2002 - 07h43

Cresce preocupação com ataques virtuais

Publicidade

CADU LEITE
free-lance para a Folha de S.Paulo

As torres desmoronaram no dia 11 de setembro e, logo em seguida, começaram a surgir vírus na internet relacionados ao tema. Entre as pragas de computador, destacam-se o Antraz e o Vote.

Mas houve muita gente que lançou hoaxes, ou boatos e trotes, como o "El mundo después de la guerra".

Ele falava sobre um vírus que, supostamente, seria muito perigoso. Pouco depois constatou-se que ele nunca existiu.

Segundo Roni Katz, engenheiro de sistemas da McAfee (www.networkassociates.com.br) , diferentemente do que muitos possam imaginar, após os atentados, a quantidade de vírus que surgem diariamente não mudou.

"Continuam aparecendo de oito a 12 vírus por dia."
De acordo com ele, isso seria uma das principais razões que explicaria o fato de as empresas não terem aumentado os investimentos em antivírus.
Uma outra razão seria que, de fato, a maioria delas já possuíam a ferramenta antes dos atentados de 11 de setembro.

Katz comenta que foram as invasões de sistemas que, de fato, apresentaram um crescimento. Principalmente, nas redes de Israel e dos países aliados aos Estados Unidos.

Por isso, o que ficou marcado como uma tragédia para muitos acabou representando uma boa expectativa de negócios para as empresas de solução de segurança de rede.

Desde então, o meio corporativo tem investido mais em ferramentas para proteger suas redes de informática e tem ampliado as soluções utilizadas. Hoje, elas são mais completas.

Segundo levantamento do instituto de pesquisas IDC (www.idc.com), 53% das empresas planejam aumentar as despesas de proteção e segurança de tecnologia da informação.

Já, de acordo com pesquisa realizada pelo Deutsche Bank Securities (www.db.com), em julho esse número subiria para 56%.

Marco Bicca, engenheiro de suporte da Symantec (www.symantec.com.br), afirma que essa tendência é percebida, principalmente, em uma busca por soluções complementares.

"As empresas passaram a adotar outras ferramentas, como firewalls, detectores de intrusos e, também, filtros de conteúdo."

Segundo ele, uma razão para isso são as crescentes ameaças conjugadas. Entre as pragas de computador, estão a Nimda, a Code, a Red e a Klez.

É a chamada quarta geração de vírus, que se caracteriza pela combinação de ameaças, exploração de vulnerabilidades e propagação de diversas formas.

Plantão
A Módulo Security (www.modulo.com.br), empresa brasileira de soluções de segurança, tem turno especial para evitar problemas com ataques durante todo o dia de hoje.

Segundo Fernando Nery, presidente do conselho da empresa, isso se deve aos temores de ataques, com o 11 de setembro.
Desde ontem, a empresa colocou especialistas em esquema de plantão.

"Há muitos boatos e gente oportunista que pode aproveitar o dia para fazer ataques a redes", explica Nery.
Carlos Sakae, gerente da Core Systems no Brasil (www.corest.com), lembra que até a Nasdaq reflete o medo.

Segundo ele, essa é uma das razões pela qual a Bolsa teria apresentado queda na última semana.

"Os investidores estão se preocupando por causa de eventuais fraudes e ataques que podem ocorrer durante todo o dia. As preocupações existem e as empresas estão se precavendo", comenta o gerente.

O momento é de tanta insegurança que, de acordo com estudo da consultoria Deloitte Tousche Tohmatsu (www.deloitte.com), 77% das empresas afirmam não ter condições de realizar negócios pela internet.

E grande parte delas alegaria para isso o receio da insegurança das informações na rede.

Leia também:

  • Blogs relatam atentados em Nova York

  • "Era obsessão tirar fotos e pô-las na rede"

  • Internet vira terreno fértil para boataria

  • Tipo de letra faz suposta profecia

  • Ataques fazem explodir o uso de vídeos

  • Alguns sites sobre o 11 de setembro

  • Páginas retratam luta de grupos muçulmanos

  • Sites têm programação para dia 11/09

  • Ódio aos EUA é tema de discussão

  • Cresce preocupação com ataque à rede
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página