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10/10/2002 - 11h14

E-books perdem força na Feira do Livro de Frankfurt

da Deutsche Welle

As novas mídias não desapareceram da Feira do Livro, em Frankfurt, na Alemanha. Mas o peso a elas atribuído mudou: as editoras voltaram a apresentá-las dentro de seus estandes "normais". Os livros eletrônicos e CD-ROMs podem ser encontrados desta vez em todos os setores da feira.

Volker Neumann, novo diretor da Feira do Livro, esclareceu que, no ano que vem, as mídias eletrônicas serão apresentadas em nova forma --só que não quis adiantar nada.

Medo de cópias piratas

O fato é que os e-books não conseguiram impor-se como se esperava. O software praticamente não sai mais barato do que a mercadoria impressa e as editoras têm feito poucos lançamentos --com medo de cópias piratas. Por sua vez, isso levou a uma multiplicação na internet de cópias de livros escaneados por particulares --uma prática que é tão ilegal como a de copiar música.

Ainda assim, as mídias eletrônicas têm destaque em Frankfurt e ganharam até uma nova associação: o ICICOM, International Centre for Information and Content Management, pela primeira vez presente na Feira do Livro. O tema aí são novas tecnologias e perspectivas de desenvolvimento no que diz respeito a bancos de dados on-line, aprendizagem virtual e publicação eletrônica.

Em encontros realizados durante a Feira do Livro, especialistas alemães e do exterior debatem as possibilidades de desenvolvimento das novas tecnologias sobre a relação entre o homem e essas tecnologias.

Negócio ainda deficitário

A palavra impressa e a eletrônica vão continuar co-existindo. A Feira de Frankfurt já é a mais importante do mundo, quando se trata do conteúdo das mídias eletrônicas, afirma Dieter Schormann, presidente da Associação do Comércio Livreiro Alemão.

Ele cita que no país já existem 800 editoras ativas no setor da publicação eletrônica. "Produtos eletrônicos são parte integrante da atividade editorial."

Suas previsões são encorajadoras. "Enquanto em quase todos os setores do novo mercado predominam ceticismo e insegurança quanto ao desenvolvimento, a indústria editorial encara o futuro com realismo otimista", declarou Schormann pouco antes da abertura da Feira do Livro, na terça-feira (08).

Só que os números por enquanto não confirmam esse otimismo: em pesquisa realizada entre empresas do setor, 25% das editoras consultadas confirmaram ter tido prejuízo com suas publicações eletrônicas; 45% conseguiram apenas cobrir suas despesas.
 

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