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24/10/2002 - 12h51

Google bloqueia sites contrários ao judaismo e pró-nazistas

da Folha Online

O serviço de buscas na internet Google retirou discretamente mais de 100 sites considerados controversos. O fato foi constatado por um estudo realizado pelo Berkman Center, da Universidade de Harvard. Segundo ele, o Google retirou das listas de resultados de busca sites alemães e franceses cujo conteúdo ia contra o judaismo ou a favor do nazismo.

De acordo com o site do Berkman Center, 113 sites com esses conteúdos foram retirados parcial ou totalmente do Google.fr e Google.de, embora ainda continuem disponíveis se a busca for feita a partir do site nos Estados Unidos, Google.com.

O estudo de Harvard, conduzido pelo professor Jonathan Zittrain e o estudante de Direito Benjamin Edelman entre os dias 4 e 21 de outubro comparou resultados dos índice de mais de 2,5 bilhões de páginas do Google.

Entre os sites banidos, segundo o estudo, está o site cristão Jesus-is-lord.com, que se opõe ao aborto.

A análise mostrou que 65 sites removidos da página alemã do Google foram também retirados do Google na França. As outras 48 páginas foram eliminadas do site francês.

Zittrain e Edelman disseram que os internautas alemães e franceses ainda podem contornar a situação simplesmente fazendo suas buscas a partir do site Google.com.

Casos jurídicos
As leis alemãs proíbem materiais considerados de incentivo racial ou étnico, incluindo a publicação de recusas do Holocausto.

Leis semelhantes existem também na França. Ambos os países já tentaram fazer com que os provedores de internet bloqueassem o acesso a sites americanos considerados "ofensivos".

No ano passado, um grupo de estudantes franceses anti-racista obteve sucesso ao processar o Yahoo em Paris por oferecer o livro "Mein Kampf", um manifesto político de Adolf Hitler sobre suas lutas, aos usuários franceses de seu site de leilões.

Em novembro de 2001, o juiz de uma Corte distrital dos Estados Unidos negou um caso semelhante de organizações francesas contra o Yahoo nos EUA, mencionando a lei americana que garante o direito de livre expressão naquele país.
 

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