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11/11/2002 - 14h41

Jovens descobrem como burlar ataques de gravadoras a redes P2P

da Folha Online

Uma lei proposta pelos Estados Unidos, que permitiria ataques a redes P2P (peer-to-peer) de compartilhamento de arquivos com a finalidade de dificultar a cópia ilegal de músicas e filmes, pode perder sua função com a descoberta de dois alunos norte-americanos de ciências da computação, segundo a versão on-line da revista New Scientist.

As redes P2P permitem que milhares de PCs se comuniquem entre si. Assim, os usuários podem procurar e compartilhar arquivos nos HDs uns dos outros.

Um projeto de lei proposto no último mês de julho daria aos proprietários de direitos autorais o direito de atacar os computadores de compartilhamento de arquivos suspeitos de pirataria. Especialistas dizem que seria relativamente fácil entrar em uma rede e deliberadamente fazer solicitações falsas de arquivos. A ação é semelhante a de simular o tráfego a um site em um ataque DoS (denial of service).

Mas Neil Daswani e Hector Garcia-Molina, do Database Research Department (departamento de pesquisas em bancos de dados) da Universidade de Stanford, nos EUA, acreditam que seja possível redesenhar as redes P2P para protegê-las desse tipo de ataques.

Daswani disse que isso poderá também proteger essas redes de hackers. "Estávamos interessados tanto em proteger as redes dos ataques das gravadoras quanto de usuários maliciosos", contou.

Daswani e Garcia-Molina modelaram matematicamente a popular rede de código aberto Gnutella e testaram diferentes combinações de regras existentes para solicitações de compartilhamento de arquivos.

Essa rede consiste de usuários comuns, ou nós (ponto que capta e transfere sinais pela internet) e supernós (nós com maior largura de banda). A solicitação será transmitida com uma pequena diferenciação entre eles.

Daswani destaca que qualquer um pode ingressar em uma rede P2P e por isso ela não pode ser totalmente confiável. Ao invés disso, os pesquisadores deram a cada nó uma série de regras simples a serem seguidas durante o processamento de solicitações de outros usuários.

Eles descobriram que quando as solicitações de um nó comum são tratadas diferentemente das feitas a partir de um supernó, o estrago causado por um possível ataque é significativamente menor.

A melhor política testada foi a de recusar uma segunda requisição feita de um supernó até que todos os outros supernós conectados também tivessem feito a solicitação --mostrar a solicitação parece ser mais confiável. Testar as requisições de supernós locais também foi benéfico.

Outra boa política foi de manter os usuários em contato normal, separados em pequenos grupos e limitando a comunicação entre eles. Ao aplicar essas regras, Daswani disse "você acaba não usando toda a largura da sua banda no caso de algum usuário malicioso na rede".

A lei de prevenção à pirataria (P2P Piracy Prevention Act), proposta pelo senador Howard Berman. está atualmente sendo reescrita por conta das críticas que recebeu e não deve entrar em vigor até Janeiro de 2003, pelo menos.
 

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