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21/11/2002
-
16h51
O Secretário da Defesa dos Estados Unidos (EUA), Pete Aldridge, falou ontem sobre a tecnologia que vem sendo desenvolvida pelo Pentágono para rastrear e combater ações terroristas no país. O sistema computacional controlaria cada passo dos civis americanos e por isso vem enfrentando resistência de defensores do direito à privacidade.
Em meio a boatos de que a tecnologia traria à tona alguns dos mais íntimos segredos de milhões de cidadãos americanos inocentes, Aldridge disse que uma vez desenvolvida, a tecnologia se enquadraria aos direitos dos cidadãos estabelecidos por lei.
O sistema, conhecido como Total Information Awareness, está sendo desenvolvido pelo Pentágono e irá rapidamente rastrear registros computadorizados de transações dos indivíduos, desde aquelas envolvendo serviços financeiros, contrato de cartão de crédito, passagens aéreas e compra de armas até registros hospitalares que pudessem identificar comportamentos suspeitos, dignos de terroristas.
Segundo o site de notícias Msnbc, o programa de computador poderá ajudar a identificar terroristas potenciais e seus dados poderão ser analisados sem a necessidade de um mandado judicial.
Defensores dos direitos civis e da privacidade alegam, porém, que o sistema é uma espécie de Grande Irmão e representaria uma invasão de privacidade como nunca se viu. Além disso, dizem que apesar de suas ótimas intenções, o programa pode ser facilmente usado sem limites pelo governo.
Os críticos também questionam a escolha do aposentado almirante John Poindexter para liderar as pesquisas. Poindexter, conselheiro da Segurança Nacional durante o governo de Ronald Reagan, foi condenado por mentir para o Congresso durante a luta contra o Irã, mas seu testemunho posteriormente garantiu-lhe a imunidade.
Como funcionará
A tecnologia em desenvolvimento rastrearia milhões de transações aparentemente normais conduzidas diariamente e depois tentaria ligar qualquer tipo de transação suspeita a terroristas em potencial.
Por exemplo, se alguém ingressar nos EUA em uma segunda-feira, tomar aulas de vôo na terça-feira, comprar uma arma na quarta, uma grande quantidade de produtos químicos na quinta e alugar um avião pulverizador na sexta, os computadores identificarão esse indivíduo como um suspeito.
Aldridge disse que o projeto de US$ 10 milhões pode ajudar a identificar esses terroristas, ainda que inicialmente a tecnologia utilizada seja usada contra civis norte-americanos.
O Pentágono também está planejando desenvolver uma tecnologia que iria rapidamente traduzir uma língua estrangeira. A idéia é que ela ajude na perseguição de possíveis suspeitos nos Estados Unidos, bem como na vigia de terroristas conhecidos fora dos EUA.
Pentágono cria sistema para rastrear passos de cidadãos nos EUA
da Folha OnlineO Secretário da Defesa dos Estados Unidos (EUA), Pete Aldridge, falou ontem sobre a tecnologia que vem sendo desenvolvida pelo Pentágono para rastrear e combater ações terroristas no país. O sistema computacional controlaria cada passo dos civis americanos e por isso vem enfrentando resistência de defensores do direito à privacidade.
Em meio a boatos de que a tecnologia traria à tona alguns dos mais íntimos segredos de milhões de cidadãos americanos inocentes, Aldridge disse que uma vez desenvolvida, a tecnologia se enquadraria aos direitos dos cidadãos estabelecidos por lei.
O sistema, conhecido como Total Information Awareness, está sendo desenvolvido pelo Pentágono e irá rapidamente rastrear registros computadorizados de transações dos indivíduos, desde aquelas envolvendo serviços financeiros, contrato de cartão de crédito, passagens aéreas e compra de armas até registros hospitalares que pudessem identificar comportamentos suspeitos, dignos de terroristas.
Segundo o site de notícias Msnbc, o programa de computador poderá ajudar a identificar terroristas potenciais e seus dados poderão ser analisados sem a necessidade de um mandado judicial.
Defensores dos direitos civis e da privacidade alegam, porém, que o sistema é uma espécie de Grande Irmão e representaria uma invasão de privacidade como nunca se viu. Além disso, dizem que apesar de suas ótimas intenções, o programa pode ser facilmente usado sem limites pelo governo.
Os críticos também questionam a escolha do aposentado almirante John Poindexter para liderar as pesquisas. Poindexter, conselheiro da Segurança Nacional durante o governo de Ronald Reagan, foi condenado por mentir para o Congresso durante a luta contra o Irã, mas seu testemunho posteriormente garantiu-lhe a imunidade.
Como funcionará
A tecnologia em desenvolvimento rastrearia milhões de transações aparentemente normais conduzidas diariamente e depois tentaria ligar qualquer tipo de transação suspeita a terroristas em potencial.
Por exemplo, se alguém ingressar nos EUA em uma segunda-feira, tomar aulas de vôo na terça-feira, comprar uma arma na quarta, uma grande quantidade de produtos químicos na quinta e alugar um avião pulverizador na sexta, os computadores identificarão esse indivíduo como um suspeito.
Aldridge disse que o projeto de US$ 10 milhões pode ajudar a identificar esses terroristas, ainda que inicialmente a tecnologia utilizada seja usada contra civis norte-americanos.
O Pentágono também está planejando desenvolver uma tecnologia que iria rapidamente traduzir uma língua estrangeira. A idéia é que ela ajude na perseguição de possíveis suspeitos nos Estados Unidos, bem como na vigia de terroristas conhecidos fora dos EUA.
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