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07/12/2002 - 10h07

As aventuras de um micreiro, capítulo 8

FRANCISCO MADUREIRA
Editor de Informática e Ciência

Relatório terminado. Trabalho de cinco horas e seis cafés. Ele põe o arquivo para imprimir e sai da sala para lavar o rosto.

Na volta, o momento surpresa, sensacional. As cem folhas sulfite que estavam na impressora tinham sido marcadas com caracteres estranhos, nenhuma língua, nenhum sentido. Só informática.

Ele se aproxima da máquina. Havia uma luz piscando, pedindo mais papel. No computador, o programa continuava enviando as páginas. "Imbecil", pensa.

Reinicia o computador. Puxa a impressora da tomada. Pelo menos dá para transformar as folhas usadas em papel de rascunho. Mas santa paciência.

Sistema de pé. Ele abre o arquivo. Liga a impressora de novo. Pede para imprimir. Dessa vez, uma cópia só, para não ter problemas.

Então a segunda surpresa. Acabou a tinta.

Na mesma hora, não sem antes um resmungo mental, vai até o armário. Lembra que o tubo de tinta preta custa R$ 90, e a impressora custou R$ 300. Em seis meses, ele gastou mais com tinta que com tecnologia.

Volta. Troca o tubo. Imprime.

Mas, antes de jogar o velho tubo de tinta no lixo, lembra daquele shopping de estandes perto de casa. Lá eles compram tubos vazios. Pagam até R$ 30.

Dá as costas para o lixo. Embrulha o tubo numa folha de papel que tinha virado rascunho. Guarda-o na mala. E se perguntarem sobre pirataria, ele é contra.



A série de crônicas "As aventuras de um micreiro" é publicada na coluna Usuário.com, no primeiro fim de semana de cada mês.

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