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14/02/2003 - 12h42

Organização mundial de segurança da informação recusa Mitnick

da Folha Online

Mesmo depois de passar cinco anos na prisão e ficar outros três anos sem autorização para usar a internet, o ex-hacker Kevin Mitnick continua pagando por ter roubado softs e invadido servidores de empresas como a Motorola, Novell, Nokia e Sun Microsystems.

Esta semana, a maior organização sem fins lucrativos de segurança da informação nos EUA recusou Mitnick como um de seus membros.

O ex-hacker lançou a Defense Thinking, uma consultoria de segurança, e achou que deveria se registrar com associado da organização, mas não foi aceito. "Eu achei que lançar a Defense Thinking e trabalhar no meio seria uma boa oportunidade para fazer contatos", disse.

Assim, depois de participar de dois encontros da ISSA (Information Systems Security Association) --abertos ao público--, Mitnick decidiu navegar pelo site da organização e tentou se associar. No dia 23 de janeiro, ele recebeu um e-mail de boas-vindas com uma senha de acesso à seção exclusiva para membro da ISSA.

Mas não durou por muito tempo. Logo sua senha foi invalidada e poucos dias depois Mitnick recebeu uma carta da diretoria da ISSA informando que ele não poderia ser aceito. "A ISSA determinou que seu comportamento no passado não estão de acordo com nosso código de ética. Por causa disso, não podemos aceitar seu pedido de associação nesse momento", dizia a correspondência.

Porém, enquanto o código de ética não proíbe hackers condenados, seu primeiro artigo exige que os membros tenham exercido "todas as suas atividades profissionais de acordo com a lei e todos os princípios éticos".

Mitnick, que já cumpriu a pena por seus atos, defende-se dizendo que o artigo não pode ser aplicado a ele, já que suas ações hackers não envolviam uma atividade profissional.

Do outro lado, Stephen Robinson, presidente da ISSA em Los Angeles, discorda. "Têm pessoas que são aceitas. Outras não", disse. "Temos éticas e padrões, e não podemos simplesmente aceitar qualquer pessoa que queira se juntar ao grupo.

O ex-hacker já enviou um apelo ao quadro de diretores da organização solicitando que o aceitem. Sua sugestão é ficar por um período na organização sem o direito de votar. "Apesar do meu esforço nos últimos três anos para criar uma boa carreira no campo da segurança da informação, meu passado ainda me persegue", escreveu.
 

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