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22/02/2003 - 04h14

Preso hacker que clonava sites de bancos

MARIO HUGO MONKEN
da Folha de S.Paulo, no Rio

O estudante Guilherme Amorim de Oliveira Alves, 18, foi preso pela Polícia Federal anteontem, em Petrópolis (região serrana do Rio), sob a acusação de clonar sites de instituições bancárias do Brasil e do exterior e aplicar golpes em correntistas pela internet.

Segundo agentes da CGCoie (Coordenação Geral de Combate ao Crime Organizado), o estudante criou páginas idênticas às de bancos brasileiros como o Bradesco, a CEF (Caixa Econômica Federal) e o Banco do Brasil, além de instituições da Coréia, do Peru e dos Estados Unidos, e conseguiu ter acesso a senhas e números de contas e de cartões.

A partir daí, teria realizado compras, saques e transferências, lesando um número ainda não-determinado de pessoas.

Não foi possível falar com o estudante e a polícia não informou se ele já contratou advogado.

A PF está apurando com as instituições qual o montante desviado e quantos clientes foram prejudicados. A quadrilha da qual Alves faz parte vem aplicando golpes há cerca de dois anos. De acordo com a PF, as transferências efetuadas pela internet não ultrapassavam R$ 1.000.

O estudante já tinha sido preso no ano passado em Campo Grande (MS), mas acabou solto, beneficiado por um habeas corpus.

Na ocasião, a polícia apreendeu um notebook com dados de 3.500 clientes norte-americanos dos cartões de crédito Mastercard e American Express. Na época, ele estava sendo investigado sob a suspeita de aplicar um golpe de US$ 10 mil a US$ 12 mil em um banco brasileiro.

Outras duas pessoas suspeitas de integrar a quadrilha foram presas anteontem: a namorada do estudante, Maria Cecília Faria Martins, que vive em Americana (SP), e um policial militar de Corumbá, (MS). De acordo com a PF, outras dez pessoas, incluindo estrangeiros, integrariam a quadrilha e estão sendo investigadas.

Os três suspeitos foram levados para Campo Grande (MS), onde haviam sido expedidos os mandados de prisão e busca e apreensão. Na cidade, eles serão ouvidos pelo diretor da CGCoie, delegado Adauto Almeida Martins.

Procurado pela Folha, o Banco do Brasil informou, por meio de sua assessoria, que não dispõe de dados referentes ao caso.

A instituição informou que, comprovada a fraude, cobre o prejuízo do cliente.

A reportagem não conseguiu contato com as assessorias do Bradesco e da CEF.
 

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