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27/02/2003
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18h34
Pesquisadores portugueses vão avaliar os efeitos que os games violentos com equipamentos de realidade virtual podem exercer nos jovens.
O estudo, que deve ter início em setembro deste ano, foi idealizado por três pesquisadores do Centro de Estudos de Psicologia Cognitiva e da Aprendizagem da Universidade Lusófona de Lisboa, e recebeu um financiamento de US$ 15 mil de uma fundação local.
"O principal objetivo do projeto é analisar os efeitos dos jogos eletrônicos com equipamento de realidade virtual em termos fisiológicos, na ativação de estruturas cognitivas agressivas, no grau de hostilidade e no desencadear de respostas agressivas", explicou Patrícia Arriaga Ferreira, uma das investigadoras envolvidas.
Docente de Psicologia na Universidade Lusófona, Patrícia Ferreira faz doutorado Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa sobre os efeitos desses jogos, embora sem equipamentos de realidade virtual, que permitem uma maior imersão no ambiente do jogo.
O projeto visa detectar quais os efeitos emocionais e comportamentais de um jogo com conteúdo agressivo jogado com equipamento de realidade virtual.
O estudo será desenvolvido no decorrer de três anos, com base numa amostra (o ideal serão 300 voluntários) de jovens entre 18 e os 25 anos. "Trata-se de um estudo experimental", destacou a psicóloga. Ou seja, os participantes no estudo deverão jogar os games selecionados e, posteriormente, efetuar tarefas para que as reações sejam analisadas.
Os voluntários serão distribuídos aleatoriamente pelos vários tipos de jogo (com um grau de violência adequado à idade ou mesmo de outra natureza, para permitir comparações), com e sem equipamento de realidade virtual.
Segundo a pesquisadora, o registo das respostas fisiológicas (batimento cardíaco, entre outras) será avaliadas ao longo de toda a experiência: antes, durante e após o jogo.
Patricia conta que o debate em torno dos efeitos da utilização dos jogos eletrônicos com conteúdos violentos tem sido muito semelhante à polêmica sobre os efeitos da exposição à violência em outros meios de comunicação, como a televisão. E não existem, por enquanto, conclusões definitivas.
Por um lado, há quem destaque os efeitos negativos, considerando que a exposição à violência poderá contribuir para facilitar a aprendizagem da mesma e a desencadear comportamentos agressivos já existentes.
Os defensores desta tese justificam ainda que esses modelos (como os videogames ou a televisão) podem contribuir para tornar os indivíduos menos sensíveis à violência, por estarem mais habituados a ela, ou para desenvolverem crenças de que o mundo real é violento.
Por outro lado, há autores que valorizam os efeitos positivos, defendendo a hipótese de que a "descarga" da violência num ambiente seguro (como os videogames) pode contribuir para diminuir ou extinguir comportamentos agressivos.
Os primeiros resultados do estudo da Universidade Lusófona, que envolve outros dois pesquisadores do Centro, Francisco Esteves e Paula Carneiro, estão previstos para 2005.
Estudo vai analisar efeitos de jogos eletrônicos violentos
da Agência LusaPesquisadores portugueses vão avaliar os efeitos que os games violentos com equipamentos de realidade virtual podem exercer nos jovens.
O estudo, que deve ter início em setembro deste ano, foi idealizado por três pesquisadores do Centro de Estudos de Psicologia Cognitiva e da Aprendizagem da Universidade Lusófona de Lisboa, e recebeu um financiamento de US$ 15 mil de uma fundação local.
"O principal objetivo do projeto é analisar os efeitos dos jogos eletrônicos com equipamento de realidade virtual em termos fisiológicos, na ativação de estruturas cognitivas agressivas, no grau de hostilidade e no desencadear de respostas agressivas", explicou Patrícia Arriaga Ferreira, uma das investigadoras envolvidas.
Docente de Psicologia na Universidade Lusófona, Patrícia Ferreira faz doutorado Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa sobre os efeitos desses jogos, embora sem equipamentos de realidade virtual, que permitem uma maior imersão no ambiente do jogo.
O projeto visa detectar quais os efeitos emocionais e comportamentais de um jogo com conteúdo agressivo jogado com equipamento de realidade virtual.
O estudo será desenvolvido no decorrer de três anos, com base numa amostra (o ideal serão 300 voluntários) de jovens entre 18 e os 25 anos. "Trata-se de um estudo experimental", destacou a psicóloga. Ou seja, os participantes no estudo deverão jogar os games selecionados e, posteriormente, efetuar tarefas para que as reações sejam analisadas.
Os voluntários serão distribuídos aleatoriamente pelos vários tipos de jogo (com um grau de violência adequado à idade ou mesmo de outra natureza, para permitir comparações), com e sem equipamento de realidade virtual.
Segundo a pesquisadora, o registo das respostas fisiológicas (batimento cardíaco, entre outras) será avaliadas ao longo de toda a experiência: antes, durante e após o jogo.
Patricia conta que o debate em torno dos efeitos da utilização dos jogos eletrônicos com conteúdos violentos tem sido muito semelhante à polêmica sobre os efeitos da exposição à violência em outros meios de comunicação, como a televisão. E não existem, por enquanto, conclusões definitivas.
Por um lado, há quem destaque os efeitos negativos, considerando que a exposição à violência poderá contribuir para facilitar a aprendizagem da mesma e a desencadear comportamentos agressivos já existentes.
Os defensores desta tese justificam ainda que esses modelos (como os videogames ou a televisão) podem contribuir para tornar os indivíduos menos sensíveis à violência, por estarem mais habituados a ela, ou para desenvolverem crenças de que o mundo real é violento.
Por outro lado, há autores que valorizam os efeitos positivos, defendendo a hipótese de que a "descarga" da violência num ambiente seguro (como os videogames) pode contribuir para diminuir ou extinguir comportamentos agressivos.
Os primeiros resultados do estudo da Universidade Lusófona, que envolve outros dois pesquisadores do Centro, Francisco Esteves e Paula Carneiro, estão previstos para 2005.
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