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02/04/2003
-
14h15
da Folha de S.Paulo, no Rio
Uma rede sem fio que permitiria que astronautas conversassem entre si em espaçonaves localizadas em planetas diferentes. O projeto da internet interplanetária já saiu do papel e dois satélites serão lançados em junho.
O anúncio foi feito por Vinton Cerf, um dos pais da internet, durante a reunião da Internet Corporation for Assigned Names and Numbers, realizada no Rio de Janeiro na semana passada.
A idéia, segundo Cerf, é estabelecer comunicação por e-mail entre os planetas. A rede interplanetária é o assunto predileto do cientista, que se orgulha de ter criado a rede mundial.
Indagado se imaginava que a internet chegaria aonde está, o cientista afirmou que o conteúdo multimídia deve-se a Tim Berners-Lee, que concebeu a estrutura gráfica (as páginas em www). Cerf afirmou ainda que, quando o conceito de correio eletrônico foi criado, há mais de 30 anos, ele e os outros cientistas imaginaram que o fato de poder enviar e receber mensagens era o início de uma rede mundial.
Cerf afirma que a rede trouxe grandes benefícios ao homem, "diminuindo distâncias. Em breve, haverá mais aparelhos para a internet do que habitantes. Isso porque a rede estará em todos os lugares e não restrita a micros".
Questionado sobre o uso indevido, Cerf responsabiliza o homem pelo seu conteúdo. "Nós é que temos de mudar a rede."
Na opinião de Cerf, a eleição de Al Gore no lugar de George W. Bush para presidente dos EUA teria sido melhor para modernizar a rede mundial, pois as infovias, um dos programas prometidos pelo então candidato, poderiam estar mais avançadas.
O cientista não quis se posicionar a favor ou contra a guerra no Iraque. "Por questões diplomáticas, não vou responder, mas só um genocida seria a favor de uma guerra." Cerf completou que "era lamentável ser forçado a ir para a guerra após tentativas de acabar, por meios diplomáticos, com armas de destruição em massa".
Recomendou à platéia a leitura de "Victorian Internet", sobre o telégrafo, e lembrou que, quando essa tecnologia foi inventada, no século 19, sucederam-se guerras.
Cerf tampouco acredita que a rede seja culpada por facilitar ataques terroristas. "A rede não desempenhou nenhum papel em relação aos atentados de 11 de setembro, ocorridos nos EUA."
Indagado se a rede mundial sobreviveria a uma catástrofe nuclear, Cerf acredita que a estrutura da internet é "robusta o suficiente para sobreviver".
Durante a reunião do conselho, em que foi anunciado o novo presidente da entidade (leia texto ao lado), Cerf aproveitou o evento para falar das inovações na rede mundial: identificação de domínios por telefone, que prometem oferecer privacidade, e domínios que permitirão identificar sites em outras línguas, como japonês e chinês.
Uma das promessas da internet, sem data, porém, para ser implementada, são os números telefônicos como domínios. Eles poderiam localizar e retransmitir mensagens para pagers ou sites.
A jornalista viajou ao Rio a convite do Comitê Gestor da Internet no Brasil
Pai da internet fala sobre criação de rede interplanetária
MARIJÔ ZILVETIda Folha de S.Paulo, no Rio
Uma rede sem fio que permitiria que astronautas conversassem entre si em espaçonaves localizadas em planetas diferentes. O projeto da internet interplanetária já saiu do papel e dois satélites serão lançados em junho.
O anúncio foi feito por Vinton Cerf, um dos pais da internet, durante a reunião da Internet Corporation for Assigned Names and Numbers, realizada no Rio de Janeiro na semana passada.
A idéia, segundo Cerf, é estabelecer comunicação por e-mail entre os planetas. A rede interplanetária é o assunto predileto do cientista, que se orgulha de ter criado a rede mundial.
Indagado se imaginava que a internet chegaria aonde está, o cientista afirmou que o conteúdo multimídia deve-se a Tim Berners-Lee, que concebeu a estrutura gráfica (as páginas em www). Cerf afirmou ainda que, quando o conceito de correio eletrônico foi criado, há mais de 30 anos, ele e os outros cientistas imaginaram que o fato de poder enviar e receber mensagens era o início de uma rede mundial.
Cerf afirma que a rede trouxe grandes benefícios ao homem, "diminuindo distâncias. Em breve, haverá mais aparelhos para a internet do que habitantes. Isso porque a rede estará em todos os lugares e não restrita a micros".
Questionado sobre o uso indevido, Cerf responsabiliza o homem pelo seu conteúdo. "Nós é que temos de mudar a rede."
Na opinião de Cerf, a eleição de Al Gore no lugar de George W. Bush para presidente dos EUA teria sido melhor para modernizar a rede mundial, pois as infovias, um dos programas prometidos pelo então candidato, poderiam estar mais avançadas.
O cientista não quis se posicionar a favor ou contra a guerra no Iraque. "Por questões diplomáticas, não vou responder, mas só um genocida seria a favor de uma guerra." Cerf completou que "era lamentável ser forçado a ir para a guerra após tentativas de acabar, por meios diplomáticos, com armas de destruição em massa".
Recomendou à platéia a leitura de "Victorian Internet", sobre o telégrafo, e lembrou que, quando essa tecnologia foi inventada, no século 19, sucederam-se guerras.
Cerf tampouco acredita que a rede seja culpada por facilitar ataques terroristas. "A rede não desempenhou nenhum papel em relação aos atentados de 11 de setembro, ocorridos nos EUA."
Indagado se a rede mundial sobreviveria a uma catástrofe nuclear, Cerf acredita que a estrutura da internet é "robusta o suficiente para sobreviver".
Durante a reunião do conselho, em que foi anunciado o novo presidente da entidade (leia texto ao lado), Cerf aproveitou o evento para falar das inovações na rede mundial: identificação de domínios por telefone, que prometem oferecer privacidade, e domínios que permitirão identificar sites em outras línguas, como japonês e chinês.
Uma das promessas da internet, sem data, porém, para ser implementada, são os números telefônicos como domínios. Eles poderiam localizar e retransmitir mensagens para pagers ou sites.
A jornalista viajou ao Rio a convite do Comitê Gestor da Internet no Brasil
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