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05/05/2003 - 10h18

Empresas pagam para ter links no topo de listas de buscas on-line

RENATO ESSENFELDER
Editor-assistente de Negócios e Empregos da Folha de S.Paulo

Uma nova ferramenta de marketing que tem como principais clientes micro e pequenos empresários acaba de se tornar o xodó de diversos sites de busca na internet. Batizada de link patrocinado, já dá as caras em endereços eletrônicos como Aonde, Cadê?, Google, Miner, Radar UOL, Radix, Yahoo, Guia Mais e outros.

Funciona da seguinte maneira: primeiro, a empresa interessada "compra" determinadas palavras em um buscador on-line. A partir daí, cada vez que alguém utilizar um daqueles verbetes para fazer suas pesquisas naquele site, o endereço do anunciante aparecerá no topo da lista de resultados.

Uma floricultura, por exemplo, pode adquirir as palavras "flores", "namorada", "rosas", "margarida", "presente", "amor". Com isso, toda vez que alguém digitar qualquer uma dessas palavras no campo de buscas daquele site, o link patrocinado surgirá automaticamente com destaque.

O conceito pode até ser abstrato, mas o dinheiro que esse mercado movimenta é bastante concreto. Nos Estados Unidos, vem
sendo o meio de propaganda on-line que mais cresce desde 2000. No ano passado, esses links movimentaram US$ 1,4 bilhão por lá.

No Brasil ainda não há números fechados sobre a robustez do segmento. O serviço aportou aqui em outubro passado, pelas mãos do portal Yahoo! (também proprietário do buscador Cadê?) e já responde por 10% do faturamento do grupo. Até o final deste ano, a meta é dobrar esse índice.

A concorrência logo veio. Em janeiro, a multinacional TeRespondo ancorou no mercado brasileiro investindo US$ 1 milhão. Por meio de parcerias com sites como AOL, BOL, IG, UOL e outros, passou a comercializar links.

Dos 2.000 clientes da TeRespondo, 70% são pequenas e médias empresas, 20% são profissionais liberais e 10%, grandes firmas. A meta da organização é chegar a 10 mil clientes até o fim de 2003.

No caso do Yahoo!, a proporção é semelhante. Dos 180 anunciantes, 160 têm até médio porte.

A principal diferença entre os dois sistemas é o método de pagamento. No sistema TeRespondo, o empreendedor paga no mínimo R$ 0,10 cada vez que um internauta clicar no link patrocinado.

A companhia só comporta cinco anunciantes para uma mesma palavra por vez. Com isso, o valor dos cliques pode subir, como em um leilão, se um sexto concorrente quiser desbancar alguém e ficar entre os cinco escolhidos para figurar no topo. Atualmente, as palavras mais caras do sistema são "hospedagem" (R$ 2,65 por clique) e "flores" (R$ 2,28).

Metodologias

Há contratos anuais, que custam cerca de US$ 70 mil, e trimestrais, que saem por valores entre R$ 300 e R$ 800 reais/mês, diz o diretor comercial da TeRespondo no Brasil, Guilherme Stocco.

Já no caso do Yahoo!, o anunciante paga um valor fixo, a partir de R$ 400 mensais. Os contratos são de no mínimo três meses.

"Em um primeiro momento, achamos mais fácil vender cotas de patrocínio fixo, até os anunciantes se acostumarem", diz o diretor de comércio eletrônico do Yahoo!, Guilherme Ribemboin. Futuramente, a empresa deve também cobrar por clique.
 

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