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22/05/2003
-
17h12
De uns anos para cá, tornou-se prática comum as empresas registrarem, além de seu domínio oficial na internet, nomes semelhantes --ou propositalmente grafados de formas diferentes-- para que o usuário fosse direcionado à página correta mesmo que digitasse o endereço errado na barra de navegação. Mas a Vivo foi mais perspicaz e registrou o domínio morto.com.br para evitar possíveis brincadeiras ou protestos.
A joint venture entre a Portugal Telecom e a espanhola Telefónica Móviles no Brasil, lançada no mês passado, tem como site oficial o www.vivo.com.br, mas desde abril o domínio www.morto.com.br (que não está no ar) está sob os cuidados da operadora.
"É a primeira vez que eu vejo uma empresa registrar um antônimo", diz Alexandre Magalhães, analista de internet do Ibope eRatings.com. Para ele, a explicação mais lógica para a ação da Vivo é evitar eventuais brincadeiras de mau gosto e represálias de possíveis consumidores insatisfeitos. "É um caso específico por causa do nome Vivo", acredita Magalhães.
Além do morto.com.br, a Vivo tem uma lista de cerca de 50 domínios registrados com nomes semelhantes. Entre eles estão nomes como vivo-sp.com.br, vivo-rj.com.br, vivobrasil.com.br, vivobrazil.com.br, vivocelular.com.br, vivo1.com.br, vivomail.com.br e vivovantagens.com.br.
Aprendendo
O analista conta que hoje as empresas estão mais experientes. "Pouco tempo atrás, as pessoas registravam nomes famosos antes que as companhias o fizessem", lembra Magalhães, citando o caso da America Online. Por muito tempo, o site do provedor no Brasil era americaonline.com.br porque o domínio aol.com.br estava registrado em nome de outra pessoa.
Outro caso parecido foi o da Gradiente, em 2000. A empresa usava o domínio gradiente.com desde 1995, mas por algum motivo, o registro não foi renovado e a empresa perdeu o direito de uso do mesmo. Quando se deu conta, não só o gradiente.com, como também o gradiente.net e gradiente.ar (Argentina) haviam sido registrados por um jovem mexicano que cursava MBA em Harvard e residia nos EUA.
Só no final de 2001 a Gradiente, que na época contou que o rapaz queria US$ 70 mil em troca do domínio, conseguir reaver o endereço na justiça.
Perspicácia
Magalhães considerou a ação da Vivo "perspicaz". Segundo ele, se alguém na Casa Branca tivesse a mesma perspicácia, teria feito algo semelhante com o site oficial do governo dos EUA.
Explicando: se o internauta digitar www.whitehouse.com no lugar de www.whitehouse.gov, ele visitará um site de conteúdo adulto --e não a página do governo norte-americano.
Vivo
Desde o dia 13 de abril, as operadoras pertencentes à Portugal Telecom (Telesp Celular e Global Telecom) e à Telefónica Móviles (Tele Sudeste Celular, CRT Celular e Tele Leste Celular) passaram a operar sob a marca Vivo.
Além destas cinco operadoras, também vão integrar a marca Vivo a NBT e a Tele Centro Oeste Celular, que ainda estão em análise na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). As duas operadoras, que pertenciam à Splice, foram adquiridas pela joint venture no início deste ano.
A Vivo já começou com 17 milhões de clientes, ou 48% do mercado nacional de telefonia celular. A empresa estreou com presença em oito Estados e, após a aprovação da Anatel, deverá passar a atuar em 19 Estados brasileiros, além do Distrito Federal, cobrindo 86% do território nacional: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Roraima, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Precavida, Vivo registra domínio morto.com.br
da Folha OnlineDe uns anos para cá, tornou-se prática comum as empresas registrarem, além de seu domínio oficial na internet, nomes semelhantes --ou propositalmente grafados de formas diferentes-- para que o usuário fosse direcionado à página correta mesmo que digitasse o endereço errado na barra de navegação. Mas a Vivo foi mais perspicaz e registrou o domínio morto.com.br para evitar possíveis brincadeiras ou protestos.
A joint venture entre a Portugal Telecom e a espanhola Telefónica Móviles no Brasil, lançada no mês passado, tem como site oficial o www.vivo.com.br, mas desde abril o domínio www.morto.com.br (que não está no ar) está sob os cuidados da operadora.
"É a primeira vez que eu vejo uma empresa registrar um antônimo", diz Alexandre Magalhães, analista de internet do Ibope eRatings.com. Para ele, a explicação mais lógica para a ação da Vivo é evitar eventuais brincadeiras de mau gosto e represálias de possíveis consumidores insatisfeitos. "É um caso específico por causa do nome Vivo", acredita Magalhães.
Além do morto.com.br, a Vivo tem uma lista de cerca de 50 domínios registrados com nomes semelhantes. Entre eles estão nomes como vivo-sp.com.br, vivo-rj.com.br, vivobrasil.com.br, vivobrazil.com.br, vivocelular.com.br, vivo1.com.br, vivomail.com.br e vivovantagens.com.br.
Aprendendo
O analista conta que hoje as empresas estão mais experientes. "Pouco tempo atrás, as pessoas registravam nomes famosos antes que as companhias o fizessem", lembra Magalhães, citando o caso da America Online. Por muito tempo, o site do provedor no Brasil era americaonline.com.br porque o domínio aol.com.br estava registrado em nome de outra pessoa.
Outro caso parecido foi o da Gradiente, em 2000. A empresa usava o domínio gradiente.com desde 1995, mas por algum motivo, o registro não foi renovado e a empresa perdeu o direito de uso do mesmo. Quando se deu conta, não só o gradiente.com, como também o gradiente.net e gradiente.ar (Argentina) haviam sido registrados por um jovem mexicano que cursava MBA em Harvard e residia nos EUA.
Só no final de 2001 a Gradiente, que na época contou que o rapaz queria US$ 70 mil em troca do domínio, conseguir reaver o endereço na justiça.
Perspicácia
Magalhães considerou a ação da Vivo "perspicaz". Segundo ele, se alguém na Casa Branca tivesse a mesma perspicácia, teria feito algo semelhante com o site oficial do governo dos EUA.
Explicando: se o internauta digitar www.whitehouse.com no lugar de www.whitehouse.gov, ele visitará um site de conteúdo adulto --e não a página do governo norte-americano.
Vivo
Desde o dia 13 de abril, as operadoras pertencentes à Portugal Telecom (Telesp Celular e Global Telecom) e à Telefónica Móviles (Tele Sudeste Celular, CRT Celular e Tele Leste Celular) passaram a operar sob a marca Vivo.
Além destas cinco operadoras, também vão integrar a marca Vivo a NBT e a Tele Centro Oeste Celular, que ainda estão em análise na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). As duas operadoras, que pertenciam à Splice, foram adquiridas pela joint venture no início deste ano.
A Vivo já começou com 17 milhões de clientes, ou 48% do mercado nacional de telefonia celular. A empresa estreou com presença em oito Estados e, após a aprovação da Anatel, deverá passar a atuar em 19 Estados brasileiros, além do Distrito Federal, cobrindo 86% do território nacional: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Roraima, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
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