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26/08/2003
-
07h24
CRISTINA AMORIM
da Folha Online
A Hewlett-Packard inaugurou ontem, em Porto Alegre (RS), em parceira com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), seu primeiro Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em território brasileiro.
A intenção é desenvolver linhas de pesquisa que em curto, médio e longo prazo originem produtos voltados para os mercados interno e externo. "Buscamos uma participação cada vez maior dos brasileiros nos produtos HP", disse o presidente da empresa no Brasil, Carlos Ribeiro. "Exportar serviços de desenvolvimento do software pode incluir o Brasil nesse importante mercado, que traria grande quantidade de divisas e ajudaria a equilibrar a balança comercial."
Apesar de não divulgar a verba destinada ao novo centro, Ribeiro calcula que o valor destinado à pesquisa nos últimos cinco anos --R$ 139 milhões divididos em laboratórios e institutos espalhados pelo país- engrosse em 10% no próximo ano.
Segundo a chamada Lei de Informática, as empresas do setor precisam destinar 5% da receita gerada para pesquisas e desenvolvimentos de tecnologias --2,7% em investimentos internos e 2,3% em fundos ou institutos, dos quais 0,8% nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Em outros países, em especial nos Estados Unidos, o investimento em pesquisa e desenvolvimento é feito majoritariamente por iniciativa privada. A própria Hewlett-Packard é uma das companhias norte-americanas que mais aplicam no setor: em 1994, era a 5ª que mais investiu, atrás apenas de General Motors, Ford, IBM e AT&T.
Fuga de cérebros
O centro integra o também recém-inaugurado Parque Tecnológico da universidade, cujos projetos podem ser desenvolvidos de forma integrada. "A parceria prevê o compartilhamento das patentes geradas pelas pesquisas", afirmou o diretor da Agência de Gestão Tecnológica e Propriedade Intelectual, Jorge Audy.
Atualmente, há oito linhas de estudo, em informática, desenvolvidas em conjunto. Entre elas, destacam-se softwares de código aberto com base no Linux, computadores de alto desempenho e computação móvel. A HP e a PUCRS prevêem a atuação em outras áreas, como nanotecnologia, saúde e energia, a partir de 2004.
Segundo o reitor da PUCRS, Norberto Francisco Rauch, o investimento em tecnologia pode evitar a evasão de pesquisadores, que encontram no exterior incentivo e melhor estrutura para trabalharem. "Estamos tentando trazer os professores de volta", disse Rauch. "E é importante desenvolver tecnologia não apenas para trazê-los, mas para mantê-los aqui."
HP e PUC investem em pesquisa e tecnologia no RS
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da Folha Online
A Hewlett-Packard inaugurou ontem, em Porto Alegre (RS), em parceira com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), seu primeiro Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em território brasileiro.
A intenção é desenvolver linhas de pesquisa que em curto, médio e longo prazo originem produtos voltados para os mercados interno e externo. "Buscamos uma participação cada vez maior dos brasileiros nos produtos HP", disse o presidente da empresa no Brasil, Carlos Ribeiro. "Exportar serviços de desenvolvimento do software pode incluir o Brasil nesse importante mercado, que traria grande quantidade de divisas e ajudaria a equilibrar a balança comercial."
Apesar de não divulgar a verba destinada ao novo centro, Ribeiro calcula que o valor destinado à pesquisa nos últimos cinco anos --R$ 139 milhões divididos em laboratórios e institutos espalhados pelo país- engrosse em 10% no próximo ano.
Segundo a chamada Lei de Informática, as empresas do setor precisam destinar 5% da receita gerada para pesquisas e desenvolvimentos de tecnologias --2,7% em investimentos internos e 2,3% em fundos ou institutos, dos quais 0,8% nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Em outros países, em especial nos Estados Unidos, o investimento em pesquisa e desenvolvimento é feito majoritariamente por iniciativa privada. A própria Hewlett-Packard é uma das companhias norte-americanas que mais aplicam no setor: em 1994, era a 5ª que mais investiu, atrás apenas de General Motors, Ford, IBM e AT&T.
Fuga de cérebros
O centro integra o também recém-inaugurado Parque Tecnológico da universidade, cujos projetos podem ser desenvolvidos de forma integrada. "A parceria prevê o compartilhamento das patentes geradas pelas pesquisas", afirmou o diretor da Agência de Gestão Tecnológica e Propriedade Intelectual, Jorge Audy.
Atualmente, há oito linhas de estudo, em informática, desenvolvidas em conjunto. Entre elas, destacam-se softwares de código aberto com base no Linux, computadores de alto desempenho e computação móvel. A HP e a PUCRS prevêem a atuação em outras áreas, como nanotecnologia, saúde e energia, a partir de 2004.
Segundo o reitor da PUCRS, Norberto Francisco Rauch, o investimento em tecnologia pode evitar a evasão de pesquisadores, que encontram no exterior incentivo e melhor estrutura para trabalharem. "Estamos tentando trazer os professores de volta", disse Rauch. "E é importante desenvolver tecnologia não apenas para trazê-los, mas para mantê-los aqui."
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