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28/08/2003 - 14h21

Mercado brasileiro de PCs cai 12,6% no primeiro semestre, diz IDC

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FERNANDA K. ÂNGELO
da Folha Online

O mercado brasileiro de computadores pessoais vendeu 1,44 milhão de máquinas no primeiro semestre de 2003, registrando queda de 12,6% no período. Os números são da IDC (International Data Corporation) Brasil, para quem o resultado é um reflexo da situação econômica do país.

Ivair Rodrigues, gerente da divisão de pesquisas de TI (tecnologia da informação) da IDC Brasil, atribui o mau resultado basicamente a dois fatores. O primeiro deles foi a paralisação de investimentos por parte do governo, tradicional consumidor de PCs, nesse período. "O governo não comprou nada, investiu muito pouco, não apenas em TI, mas no mercado como um todo", avalia Rodrigues.

Além disso, diz o analista, o setor corporativo --principalmente as empresas de grande porte-- postergou seus gastos em tecnologia. "As empresas adiaram investimentos em infra-estrutura para esperar um quadro melhor sobre a tendência política e econômica do governo Lula", explica Rodrigues.

Com relação ao mercado doméstico, Rodrigues diz que as vendas mantiveram-se estáveis.

Recuperação

O mercado de PCs deve retomar o crescimento a partir do segundo semestre. "Esperamos uma pequena melhora já a partir do segundo semestre", diz Rodrigues. Segundo ele, a retomada das vendas deve acontecer no médio e curto prazo no setor corporativo e governamental.

Mesmo assim, o resultado do mercado de PCs em 2003 ficará muito próximo ao número do ano passado.

Já o segmento doméstico deve ver uma recuperação mais lenta. "O crescimento deve acontecer no longo prazo. O setor tem uma demanda muito reprimida", explica.

Boa oportunidade

Rodrigues diz que a queda do dólar durante o segundo trimestre afetou os preços dos PCs fazendo com que eles caíssem no final de junho a patamares próximos do ano passado.

Além disso, houve uma guerra de preços no mercado de notebooks, principalmente no segundo trimestre de 2003.

Os grandes fabricantes lançaram produtos com preços abaixo de R$ 5.000 e conseguiram resultados razoáveis e que tendem a melhorar em 2003. "O Brasil é ainda um pequeno consumidor de notebook", avalia.

Enquanto nos outros mercados mundiais cerca de 25% dos PCs vendidos são notebooks, no Brasil ainda estamos chegando no patamar de 5%. Para Rodrigues, esse setor deve se desenvolver bastante no futuro próximo.

Outra oportunidade para os fabricantes de computadores no Brasil está na importação de produtos para a Argentina. Com a melhora brusca do mercado argentino, várias empresas instaladas no Brasil estão aos poucos voltando a exportar para o país vizinho. "É uma boa oportunidade para as empresas compensarem os baixos índices de vendas no Brasil", conclui.
 

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