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29/08/2003
-
17h42
da Folha Online
Os advogados da indústria fonográfica alegam que uma análise detalhada dos dados em arquivos de música no formato MP3 pode provar que elas foram baixadas ilegalmente de redes de compartilhamento na internet.
A afirmação foi feita em documentos entregues à Corte nos EUA em um caso contra uma novaiorquina. Ela é acusada de compartilhar mais de mil músicas em serviços P2P (peer-to-peer), sob o apelido on-line "nycfashiongirl". A acusada alega que todos os arquivos MP3 encontrados em seu computador foram obtidos a partir de CDs que ela teria comprado.
Mas os advogados da Riaa (Recording Industry Association), associação que representa as principais gravadoras do mercado, afirmam que "as fontes das músicas de nycfashiongirl não foram seus CDs".
Segundo a edição desta semana da revista "Nature" (www.nature.com), a Riaa diz que o nome de um segundo usuário foi encontrado no cabeçalho de um dos arquivos MP3 encontrados em seu computador. O cabeçalho é normalmente usado para identificar o título e tamanho do arquivo, mas alguns programas de compactação de MP3 também adicionam informações como o nome do usuário que criou o arquivo.
A Riaa disse ainda que examinou os rastros dos MP3 e descobriu que algumas das identidades digitais por trás deles são iguais às encontradas em redes de compartilhamento de arquivos.
Identificação
Markus Kuhn, pesquisador da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, disse que o processo de codificação de MP3 envolve variantes capazes de criar diferenças entre as mesmas músicas.
Se um MP3 é copiado digitalmente, os arquivos serão idênticos. Mas criar o primeiro MP3 envolve compactar o arquivo de um CD, o que significa que pequenos erros nesse processo podem produzir diferenças mínimas entre os arquivos.
Além disso, diferentes programas para a criação de MP3 podem comprimir os arquivos de maneiras diferentes, produzindo arquivos distintos. Mas Kuhn diz que até hoje ninguém provou o quão confiável esses recursos podem ser para identificar a fonte de um arquivo MP3.
As compressões MP3 reduzem o tamanho da música gravada em um CD em até 90%. Isso facilitou a troca rápida de arquivos entre usuários conectados à web.
Para indústria da música, MP3 é "rastreável"
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Os advogados da indústria fonográfica alegam que uma análise detalhada dos dados em arquivos de música no formato MP3 pode provar que elas foram baixadas ilegalmente de redes de compartilhamento na internet.
A afirmação foi feita em documentos entregues à Corte nos EUA em um caso contra uma novaiorquina. Ela é acusada de compartilhar mais de mil músicas em serviços P2P (peer-to-peer), sob o apelido on-line "nycfashiongirl". A acusada alega que todos os arquivos MP3 encontrados em seu computador foram obtidos a partir de CDs que ela teria comprado.
Mas os advogados da Riaa (Recording Industry Association), associação que representa as principais gravadoras do mercado, afirmam que "as fontes das músicas de nycfashiongirl não foram seus CDs".
Segundo a edição desta semana da revista "Nature" (www.nature.com), a Riaa diz que o nome de um segundo usuário foi encontrado no cabeçalho de um dos arquivos MP3 encontrados em seu computador. O cabeçalho é normalmente usado para identificar o título e tamanho do arquivo, mas alguns programas de compactação de MP3 também adicionam informações como o nome do usuário que criou o arquivo.
A Riaa disse ainda que examinou os rastros dos MP3 e descobriu que algumas das identidades digitais por trás deles são iguais às encontradas em redes de compartilhamento de arquivos.
Identificação
Markus Kuhn, pesquisador da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, disse que o processo de codificação de MP3 envolve variantes capazes de criar diferenças entre as mesmas músicas.
Se um MP3 é copiado digitalmente, os arquivos serão idênticos. Mas criar o primeiro MP3 envolve compactar o arquivo de um CD, o que significa que pequenos erros nesse processo podem produzir diferenças mínimas entre os arquivos.
Além disso, diferentes programas para a criação de MP3 podem comprimir os arquivos de maneiras diferentes, produzindo arquivos distintos. Mas Kuhn diz que até hoje ninguém provou o quão confiável esses recursos podem ser para identificar a fonte de um arquivo MP3.
As compressões MP3 reduzem o tamanho da música gravada em um CD em até 90%. Isso facilitou a troca rápida de arquivos entre usuários conectados à web.
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