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22/09/2003
-
16h25
da Folha Online
As vendas perdidas pelo setor de música on-line --incluindo varejistas como a Amazon.com, que comercializa CDs, e lojas como a iTunes, que vende download de músicas-- decorrentes da pirataria na web, crescerão 96% nos próximos cinco anos. O valor perdido passará de US$ 2,4 bilhões este ano para US$ 4,7 bilhões em 2008.
Segundo a pesquisa, as vendas mundiais de músicas pela internet totalizarão US$ 3,9 bilhões em cinco anos, contra US$ 1,1 bilhão em 2002.
"Estamos pessimistas porque acreditamos que o problema do P2P (peer-to-peer) só vá piorar. Em 2008, a banda larga dominará [as conexões à web] no mundo", disse Simon Dyson, autor do estudo.
A conexão rápida à internet facilita o processo de download de músicas, inclusive as protegidas por direitos autorais. Dyson diz que milhões de internautas acessam redes P2P como o Grokster e Kazaa, e baixam desde músicas do Eminem a filmes, sem pagar por nada disso.
A indústria da música tentou responder a esse crescente mercado com a oferta de serviços de vendas de downloads de músicas. Esses serviços não cobram mensalidades.
Mas a estratégia não tem surtido efeito, já que serviços de compartilhamento de arquivos estão ganhando espaço também em mercados como a Russia e China. É justamente em mercados emergentes como esses que a indústria apostava conquistar clientes "leais". Dyson conta que é "desses mercados que o crescimento deveria surgir".
Lado positivo
Apesar dos números preocupantes para a indústria fonográfica, o estudo revela que as vendas on-line representarão cerca de 12% do mercado de música em 2008, contra 4,5% deste ano. O crescimento se deve ao recente empenho do mercado para disponibilizar um maior número de produtos para download.
Pirataria de CDs
A Ifpi (Industry Federation of Phonographic Industry) revelou em julho que as vendas de CDs pirateados mais do que dobraram nos últimos três anos, conforme os preços de equipamentos para a gravação de CDs caíram.
A Ifpi representa selos independentes e grandes gravadoras, como EMI, Sony Music, Warner Music, Universal Music e BMG.
Com Reuters
Prejuízo com pirataria de músicas na web crescerá 96% até 2008
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As vendas perdidas pelo setor de música on-line --incluindo varejistas como a Amazon.com, que comercializa CDs, e lojas como a iTunes, que vende download de músicas-- decorrentes da pirataria na web, crescerão 96% nos próximos cinco anos. O valor perdido passará de US$ 2,4 bilhões este ano para US$ 4,7 bilhões em 2008.
Segundo a pesquisa, as vendas mundiais de músicas pela internet totalizarão US$ 3,9 bilhões em cinco anos, contra US$ 1,1 bilhão em 2002.
"Estamos pessimistas porque acreditamos que o problema do P2P (peer-to-peer) só vá piorar. Em 2008, a banda larga dominará [as conexões à web] no mundo", disse Simon Dyson, autor do estudo.
A conexão rápida à internet facilita o processo de download de músicas, inclusive as protegidas por direitos autorais. Dyson diz que milhões de internautas acessam redes P2P como o Grokster e Kazaa, e baixam desde músicas do Eminem a filmes, sem pagar por nada disso.
A indústria da música tentou responder a esse crescente mercado com a oferta de serviços de vendas de downloads de músicas. Esses serviços não cobram mensalidades.
Mas a estratégia não tem surtido efeito, já que serviços de compartilhamento de arquivos estão ganhando espaço também em mercados como a Russia e China. É justamente em mercados emergentes como esses que a indústria apostava conquistar clientes "leais". Dyson conta que é "desses mercados que o crescimento deveria surgir".
Lado positivo
Apesar dos números preocupantes para a indústria fonográfica, o estudo revela que as vendas on-line representarão cerca de 12% do mercado de música em 2008, contra 4,5% deste ano. O crescimento se deve ao recente empenho do mercado para disponibilizar um maior número de produtos para download.
Pirataria de CDs
A Ifpi (Industry Federation of Phonographic Industry) revelou em julho que as vendas de CDs pirateados mais do que dobraram nos últimos três anos, conforme os preços de equipamentos para a gravação de CDs caíram.
A Ifpi representa selos independentes e grandes gravadoras, como EMI, Sony Music, Warner Music, Universal Music e BMG.
Com Reuters
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