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27/09/2003
-
11h21
FERNANDO BADÔ
da Folha de S.Paulo
Índio quer apito e, agora, também quer ler e-mails. Três aldeias brasileiras estão conhecendo as possibilidades oferecidas pelo acesso à internet.
O projeto, chamado Rede Povos da Floresta, é uma iniciativa do CDI (Comitê para a Democratização da Informática) e tem o objetivo de interligar os povos indígenas por meio da rede mundial de computadores.
Entre as primeiras tribos que receberam infra-estrutura necessária ao acesso estão duas do Acre: a Ashaninka, no município de Marechal Thaumaturgo, e a Yawanawa, localizada próxima à cidade de Tarauacá. A terceira é a Sapucay, localizada em Angra dos Reis, Rio de Janeiro.
Apesar de novidade, o uso de internet pelos índios não é uma mera curiosidade. Quem afirma é Tashka, 31, coordenador do projeto na tribo Yawanawa, da qual é nativo: "Agora nossa aldeia já sabe o que é feito com o produto que vendemos".
Ele se refere às plantas usadas como matéria-prima para a indústria de cosméticos Aveda (www.aveda.com). "Foi o primeiro site que visitamos e, como eu falo inglês, pude traduzir para a minha tribo."
Sem qualquer ligação às redes telefônica e elétrica, foram necessárias as instalações de placas para a captação e transformação de energia solar em eletricidade nas aldeias. A conexão com a internet é feita via satélite.
Para levar a internet às aldeias da região amazônica, o CDI (www.cdi.org.br) conta com o apoio da Comissão Pró-Índio do Acre --ONG com atuação em 11 municípios, onde nove etnias vivem em 20 terras indígenas--, que acompanha o processo de adaptação das comunidades indígenas e supervisiona a ampliação da rede.
Para conseguir a infra-estrutura, o CDI firmou uma parceria com a Star One (www.starone.com.br), empresa que oferece acesso via satélite no Brasil.
Com a Rede Povos da Floresta, internet chega a aldeias indígenas
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da Folha de S.Paulo
Índio quer apito e, agora, também quer ler e-mails. Três aldeias brasileiras estão conhecendo as possibilidades oferecidas pelo acesso à internet.
O projeto, chamado Rede Povos da Floresta, é uma iniciativa do CDI (Comitê para a Democratização da Informática) e tem o objetivo de interligar os povos indígenas por meio da rede mundial de computadores.
Entre as primeiras tribos que receberam infra-estrutura necessária ao acesso estão duas do Acre: a Ashaninka, no município de Marechal Thaumaturgo, e a Yawanawa, localizada próxima à cidade de Tarauacá. A terceira é a Sapucay, localizada em Angra dos Reis, Rio de Janeiro.
Apesar de novidade, o uso de internet pelos índios não é uma mera curiosidade. Quem afirma é Tashka, 31, coordenador do projeto na tribo Yawanawa, da qual é nativo: "Agora nossa aldeia já sabe o que é feito com o produto que vendemos".
Ele se refere às plantas usadas como matéria-prima para a indústria de cosméticos Aveda (www.aveda.com). "Foi o primeiro site que visitamos e, como eu falo inglês, pude traduzir para a minha tribo."
Sem qualquer ligação às redes telefônica e elétrica, foram necessárias as instalações de placas para a captação e transformação de energia solar em eletricidade nas aldeias. A conexão com a internet é feita via satélite.
Para levar a internet às aldeias da região amazônica, o CDI (www.cdi.org.br) conta com o apoio da Comissão Pró-Índio do Acre --ONG com atuação em 11 municípios, onde nove etnias vivem em 20 terras indígenas--, que acompanha o processo de adaptação das comunidades indígenas e supervisiona a ampliação da rede.
Para conseguir a infra-estrutura, o CDI firmou uma parceria com a Star One (www.starone.com.br), empresa que oferece acesso via satélite no Brasil.
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