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12/11/2003 - 08h43

TV com função de monitor decepciona; veja detalhes de teste

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ODEMIR MARTINEZ BRUNO
RODRIGO DE OLIVEIRA PLOTZE
MARIO AUGUSTO PAZOTI
da Folha de S.Paulo

As telas de cristal líquido (LCD) dentro de pouco tempo deverão substituir os aparelhos de TV e os monitores de computadores. Essa tecnologia, que deverá substituir os monitores CRT (com tubos de raios catódicos), permite fabricar equipamentos compactos que gastam menos energia e emitem menos radiação.

O principal obstáculo que ainda impede a substituição dos atuais monitores CRT é o preço. Embora o custo das telas de cristal líquido tenha caído muito, o requinte ainda pesa no bolso do usuário.

Uma das características da tecnologia LCD é permitir a fabricação de equipamentos híbridos, que podem ser usados como televisores e monitores de PCs.

O televisor de cristal líquido de 20 polegadas da BenQ avaliado neste Teste USP também pode ser acoplado a um micro e usado como monitor, porém a baixa resolução do equipamento dificulta seu uso para esse fim.

O destaque do aparelho é a taxa de brilho (500 cd/m2), quase o dobro quando comparado a outros televisores LCD. Essa característica é importante, pois proporciona imagens mais vivas (mais brilho e contraste). Um outro atrativo da TV LCD H200 da BenQ é o som de alta qualidade (estéreo surround).

Equipado com dois alto-falantes embutidos na parte inferior, o H200 tem tecnologia SRS WOW, que transforma o sinal estéreo em som tridimensional, dando a impressão de que o som se espalha pelo ambiente sem a necessidade de vários alto-falantes.

O aparelho é compatível com os principais padrões de vídeo, como NTSC, PAL e Secam, além dos padrões para TV digital, como HDTV (High Definition Television). O H200 possui na parte traseira um conjunto de entradas para antena, vídeo composto (RCA), supervídeo, vídeo componente (Y/Pb/Pr e Y/Cb/Cr) e computadores (áudio e vídeo).

A seleção entre as entradas é facilmente efetuada pela opção input, no controle remoto e no painel frontal do televisor.

A TV LCD H200 oferece diversos recursos para configuração de cor, som e iluminação, além de ajustes avançados para o modo TV e vídeo. Essas configurações são realizadas por meio de uma interface OSD (programa interno que permite a configuração do equipamento diretamente na tela), que pode ser acessada por controle remoto ou pelo painel frontal.

A tela oferece um movimento de inclinação, podendo ser facilmente posicionada para um ângulo de visão mais confortável. Além disso, o aparelho oferece versatilidade quanto à instalação, podendo ser disposto sobre mesa, ou fixado na parede. Seu visual se assemelha a um monitor LCD.

O H200 também pode ser utilizado como monitor quando conectado a um PC. No entanto ele não é adequado para essa finalidade, uma vez que sua resolução nativa é de 800x600 pontos. Maior resolução pode ser atingida, como 1.024x768, porém há uma perda considerável na qualidade da imagem, fazendo com que ela tenha um aspecto borrado.

A resolução de 800x600 é muito baixa para um monitor de 20 polegadas.

Mesmo em monitores de 15 polegadas, é comum resolução de 1.024x768; em telas maiores, o ideal seria adotar resolução maior.

O H200 é um aparelho de televisão LCD, que apresenta como principais características a taxa de brilho e o sistema de som incorporados no equipamento.

A maior desvantagem do equipamento é a baixa resolução no modo PC (800x600 pontos). Essa característica inviabiliza a utilização do aparelho como monitor de PC. Como ainda ocorre com a tecnologia LCD, o equipamento testado apresenta um custo elevado (aproximadamente R$ 8.200).

Editoria de Arte/Folha Imagem


Odemir Martinez Bruno é doutor em física aplicada pelo IFSC-USP e docente do Departamento de Computação e Estatística do ICMC-USP. Atua nas áreas de visão artificial, computação paralela e bioinformática. E Rodrigo de Oliveira Plotze e Mario Augusto Pazoti são mestrandos em ciência da computação pelo ICMC-USP.
 

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